quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ordenação Diaconal

A Província São Paulo Apóstolo, no dia 18 de dezembro de 2011, ordenou seis diáconos, na Cidade de Cambé - Pr. A Província se alegra pelo sim generoso dado por eles a Deus e à Igreja, na Sociedade do Apostolado Católico. O bispo ordenante foi D. Júlio Endi Akamine, SAC. Rogamos a Deus para que sejam dignos ministros de Cristo.
"Ninguém se empenha na propagação da fé e na multiplicação dos meios necessários e oportunos para a mesma, se não estiver animado de uma fé viva e se não for abrasado de uma caridade ardente, já que todo engajamento apostólico provém do amor de Cristo". (S. V. Pallotti)

D. Júlio Endi Akamine, SAC



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Retiro para postulantes palotinos

Vários postulantes da Província de Santa Maria fizeram o retiro anual de quatro dias, na Capela N. Sra. da Salete, em Palotina - Pr. O pregador foi o Pe. Valdeci de Almeida. Destes jovens, seis farão o noviciado em 2012.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Passeio comunitário ao Santuário S. Vicente Pallotti

Os noviços palotinos sul-americanos estiveram visitando o Santuário São Vicente Pallotti, em Ribeirão Claro - Pr. A missa foi presidida pelo Pe. Egídio Trevisan e concelebrada pelo pároco de R. Claro, Pe. Germano Treier e o mestre de noviços, Pe. Valdeci de Almeida. O dia foi dedicado a oração e também a momentos de lazer na Cachoeira.

Padres: Germano, Egídio e Valdeci


domingo, 30 de outubro de 2011

Segunda edição do Itinerário espiritual palotino

Pe. Valdeci tem a alegria de apresentar a você, que acessa este Blog, a segunda edição do Itinerário espiritual palotino. A finalidade deste Blog é a divulgação da espiritualidade e do carisma de São Vicente Pallotti (Palotinos). O Itinerário proporciona à pessoa uma caminhada espiritual, por isso está dividido em quatro semanas, aos moldes do Retiro Inaciano. Começa com a semana do pecado e termina com a ressurreição de Cristo. Cada semana contém dez pregações. No início de cada uma delas tem um pensamento de Pallotti, que introduz o assunto a ser meditado. Este livro não está à venda em livrarias, mas sim com o próprio autor e com o Fr. Bruno Cézar, em Cambé. "Deus em tudo e sempre". (S.V. Pallotti).

sábado, 29 de outubro de 2011

Nova publicação de livro

Olá, amigos, gostaria de apresentar o meu novo livro: Consagrados para o reino, radicais para o mundo. Este livro está classificado como: 1. Vida religiosa consagrada; 2. Orientação vocacional - psicologia. Reflete sobre a origem da vocação, como se deve trabalhar com ela, na atual realidade do nosso mundo. Dá dicas para formandos e formadores na árdua tarefa de educar para o seguimento dos caminhos de Deus. Se você gostaria de saber como se dá o processo vocacional até a decisão final, para o seguimento de Cristo, eis uma obra que pode responder a muitas de suas questões. Este livro só pode ser adquirido comigo e com o Fr. Bruno Cézar, em Cambé. Não está à venda nas livrarias. Foi editado pela FAPAS - RS (Faculdade Palotina de Santa Maria).

terça-feira, 18 de outubro de 2011

SÃO VICENTE PALLOTTI E SUA AÇÃO FORMATIVA

As diversas atividades desenvolvidas por São Vicente Pallotti, no campo formativo, ajudam a compreender sua preocupação em auxiliar as pessoas a descobrirem o verdadeiro sentido da vida humana. Ele esteve envolvido, diretamente, na formação e educação dos jovens, desde o início de seu ministério sacerdotal, principalmente no ambiente acadêmico, como professor na Universidade Sapienza. Durante quase dez anos, como acadêmico, dirigia as discussões teológicas e, por causa disto, adquiriu uma larga experiência de trabalho, que o ajudou a construir as bases seguras de um apostolado promissor no campo da educação, formação e instrução do laicato.

Um dos grandes recursos utilizados por São Vicente Pallotti, para instruir especialmente os leigos, foi os momentos em que se dedicava ao sacramento da reconciliação, e sabemos que esse ministério ocupou grande parte de sua vida sacerdotal. Ele mesmo exprime um grande desejo de instruir, iluminar, regular, santificar, aperfeiçoar, converter, e também de viver ocupado na direção das almas, para que buscassem a sua mais alta perfeição. Em seu confessionário, Pallotti formou a maior parte de seus colaboradores, eclesiásticos e leigos.

Considerar alguém como formador requer muita atenção, pois é necessário constatar, primeiramente, certas qualidades específicas e a capacidade de ser instrumento de mediação entre Deus e o próximo.

Dos muitos testemunhos que ressaltam as qualidades de Pallotti, temos a de Francesca Teofila de Maistre, de nobre família, e tinha a seguinte opinião a seu respeito: “encontrei nele algo especial, que não encontrei em nenhum dos outros Servos de Deus (...): uma expressão de bondade celeste, uma capacidade de pacificar e compreender os sentimentos da alma, utilizando poucas palavras, mas justas e eficazes”. Sua bondade, capacidade de pacificar a alma, escutar com atenção, acolher e dirigir palavras sábias são algumas qualidades que percebemos nas poucas linhas referentes a este encontro pessoal com São Vicente Pallotti.

Outro testemunho significativo que destaca algumas das muitas qualidades de Pallotti, encontramos no texto do arcebispo de Baltimore, D. Spalding:

“Era bem conhecido por todos em Roma, pela sua extraordinária santidade. Seu altruísmo total se unia ao seu espírito de penitência. Seu amor para com todos não vacilava nem diminuía nunca. Nenhuma dificuldade, nenhuma cruz era capaz de abalar sua paciência. A principal característica de sua personalidade era seu amor total a Deus e a Cristo. Este amor foi a força que o moveu em todos os seus empreendimentos; foi sua verdadeira vida e alma de todas as suas ações, a chave de sua serenidade, a fonte de sua coragem e da paz interior que se irradiava espontaneamente de seu comportamento”.


Reconhecimentos de seus talentos especiais podem ser recolhidos em tantos testemunhos proferidos por pessoas que conviveram ou que tiveram oportunidade de encontrá-lo.

Para assumir a missão de formador, é preciso ter claramente definido a finalidade a ser alcançada, os meios a serem utilizados e os objetivos metodológicos precisos.

São previstos, na ação formativa, três intervenções específicas que indicam a ação pedagógica: educar, formar e acompanhar.

Hoje, quando falamos em formação, pensamos em todas as dimensões que compõem a estrutura do ser humano: afetiva, intelectual, espiritual, apostólica, comunitária e carismática. Não se pode pretender formar alguém sem levar em consideração todas essas dimensões da vida humana.

Na atualidade, aprendemos que somente é possível uma verdadeira formação, quando existe uma inter-relação entre quem se propõe a formar e quem se dispõe a ser formado. Sabemos que, no campo religioso, o formador ocupa uma função mediática, pois o protagonista da formação é sempre o Espírito Santo, contudo, o formador oferece uma mediação entre o Senhor que chama e a pessoa que deseja corresponder a este chamado. O processo de maturação humana exige tempo e dedicação, pressupõe abertura a deixar-se formar durante toda vida.

Não podemos falar de instrução e formação sem antes conhecer ou ter em mente como agia e vivia nosso fundador. Não podemos, tão pouco, indicá-lo como formador sem antes constatar sua pedagogia e seu método de ensino. Apresentar alguém como formador é algo exigente, pois não podemos inventar qualidades, mas percebê-las a partir de um contato próximo, mediante estudos, observação atenciosa e amor por aquele que propomos como exemplo de formador.

Pe. Elmar Neri Rubira, SAC.
Mestrando em Antropologia Teológica pela Faculdade Teresianum de Roma.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Camaldoli - Um recanto espiritual de nosso Fundador



São Vicente Pallotti soube viver intensamente a contemplação e o Apostolado, foi um místico e um apóstolo, um homem com espírito monástico e ao mesmo tempo apostólico, deixou-se conduzir pelo Senhor em todos os momentos de sua existência, um homem mergulhado na contemplação, e envolvido nas atividades pastorais, soube harmonizar oração e apostolado de maneira tão perfeita que ambas se encontravam em constante relação.
Muitas vezes Pallotti se dirigia ao Eremitério de Camaldoli, carinhosamente intitulado como “Santo Eremo”, lugar de profundo silêncio e tranquilidade, lugar onde tudo fala de Deus, uma verdadeira oportunidade para crescer na intimidade com o “Infinitamente Misericordioso”. Na solidão da vida monástica, nosso pai fundador manifestava seu grande desejo de estar sempre em sintonia com o seu Senhor.
Visitar Camaldoli e respirar o ar puro proveniente deste lugar santo me fez entender o porquê nosso Santo Fundador se dirigia a este “Santo Eremo”.  As motivações de São Vicente vão do aspecto espiritual ao propriamente físico; ele aproveita as oportunidades para aprofundar sua experiência com a Santíssima Trindade e para restituir suas forças físicas. Pallotti nutria um carinho especial e grande admiração pelos monges camaldulenses.  Durante sua permanência em Camaldoli, de julho a outubro de 1839, foi agraciado por uma grandiosa experiência religiosa que transformou toda a sua existência. O próprio Pallotti afirma: “Creio e tenho por certo, que a Divina Misericórdia destrói toda minha miséria e me enche de todos os seus dons”.
Neste período em que esteve no “Santo Eremo”, Pallotti escreve ajoelhado as normas fundamentais da Pia Casa de Caridade, da Comunidade das irmãs, da União e da Pia Sociedade do Apostolado Católico; também escreveu muitas cartas, das quais setenta e uma delas estão conservadas.
Durante sua permanência em Camaldoli colocava-se à disposição da comunidade monástica para o exercício do ministério da reconciliação e direção espiritual; algumas vezes edificava a Comunidade com a pregação dos santos exercícios espirituais (retiros). Sua atitude constante em tudo fazer para a maior Glória de Deus, santificação pessoal e do próximo, era para os monges um testemunho verdadeiro de amor e fidelidade ao chamado de Deus.

Pe. Elmar Neri Rubira, SAC - Casa Geral – Roma - Itália

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Formação Permanente: Acreditamos realmente?


          A partir do Concílio Vaticano II, a Formação Permanente foi uma preocupação constante da Igreja e dos diversos institutos de vida Consagrada. Também nossa família palotina tomou consciência da necessidade de entrar no ritmo da formação permanente, procurando corresponder de maneira eficaz e profunda aos novos desafios impostos pelos novos tempos.

Entre os dias 03 a 10 de setembro, no centro de formação Palotina, em Roma - “Cenáculo”, um grupo constituído de nove confrades palotinos provenientes da Índia, Brasil, Polônia, África, Irlanda e França estiveram reunidos para um tempo de formação permanente extraordinária. Apesar do número reduzido, o tema proposto favoreceu a articulação de ideias visando, a partir de estudos e reflexões, encontrar possíveis respostas para uma formação permanente que seja uma prática cotidiana.

A interrogativa do título do livro de Cencini: Formação Permanente: acreditamos realmente? conduziu o grupo à outras perguntas ainda mais exigentes e comprometedoras: em que consiste a Formação Permanente? Estamos vivendo esta realidade? Interessa-nos, simplesmente, ou acreditamos que seja indispensável? Achamos que seja possível na atual circunstância? Acreditamos como indivíduos ou como Sociedade do Apostolado Católico?

Como filhos de São Vicente Pallotti, precisamos constantemente recordar suas palavras a respeito da formação permanente: “... não teremos um Clero Santo, douto, experto e vigoroso para observar o Santo Ministério, se Deus não o doa a sua Igreja. A oração é o meio infalível para obter verdadeiras vocações suscetíveis para a necessária cultura espiritual, científica e ministerial.” Em outras palavras, Pallotti está convicto de que, para realizar uma seria e incisiva Formação Permanente, é necessário criar uma Cultura da Formação Permanente, e por isso confia à sua primeira procuradoria, aquela sob a proteção de São Pedro, a responsabilidade de promover “a cultura espiritual, científica e ministerial do Clero”.

Segundo Cencini, uma verdadeira cultura da Formação se caracteriza a partir de três dimensões essenciais e integrantes: uma dimensão intelectual-cognoscitiva (Mentalidade), uma dimensão emotivo-afetiva (Sensibilidade) e uma dimensão existencialmente metodológica (práxis).

Encontramos na “Memória pratica cotidiana”, escrita por São Vicente Pallotti, os três aspectos que estão diretamente relacionados com a visão de Formação Permanente proposta por Cencini. Eis como Pallotti explica o título do seu opúsculo: Memória – porque devemos recordar sempre a obrigação que temos em imitar Jesus Cristo; Prática – porque tal preciosa obrigação deve ser realmente observada no pensar, no falar, no sentir e no agir; Cotidiana – porque a imitação de Jesus é um dever, não somente de um dia, ou de um ano, mas para toda a vida, até a morte.

Precisamos começar desenvolver uma Cultura de Formação Permanente Palotina, seguindo a motivação que nos foi deixada por nosso santo Fundador, que durante toda sua vida sempre esteve atento à própria formação e de maneira especial dedicou-se incansavelmente para a formação e instrução do Clero, dos seminaristas, religiosas e dos leigos.

Pe. Elmar Neri Rubira. Estuda Antropologia Teológica no Teresianum - Roma

domingo, 14 de agosto de 2011

Homilia dominical - XX Domingo Comum




“Grande é a tua fé.”

                                                              Noviço Wellington Wesley Paiva

                                                                                                       

A mulher cananeia é exemplo de fé. Exemplo para todos os cristãos que dizem acreditar e que professam sua fé todos os finais de semana na Santa Eucaristia. O Evangelho deste 20º Domingo do Tempo Comum nos dá o exemplo de ousadia e confiança.

Ela, confiante de que Jesus iria curar sua filha, não teve medo, argumentou corajosamente com Jesus: “‘Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-los aos cachorrinhos’. A mulher insistiu: ‘É verdade, Senhor, mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!’... ‘Mulher, grande é a tua fé! Seja feito o que tu queres!’”(Mt 15, 26-28a).

            Segundo Ascough, as mulheres naquela época só podiam chegar perto dos homens fora da família, quando houvesse intermediação de um homem. E ainda, ela era uma mulher pagã, iria tornar Jesus impuro. Mas, Jesus não veio para os “sãos”, mas sim, para os que necessitam da graça. Ouvindo o grito da mulher que O clamava, trava um diálogo com a cananeia. Ela não revida mediante a comparação feita por Jesus: “...cachorrinhos”(Mt 15, 26). Para os judeus, nos confirma Ascough, o termo cães é sinônimo de sujo, desagradáveis, tais como avidez, bajulação e falta de vergonha. Ela não se intimidou por isso, aceitou sua condição, confiou, e continuou o diálogo demonstrando que sua confiança no Mestre não era vã, como a do povo escolhido.  “...os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!”. A salvação veio para todos, ela acreditava naquele homem. Ela depositou sua fé e foi atendida.

Nossa fé muitas vezes é vã diante das dificuldades, devido a tantos recursos que nos desviam dos nossos problemas (shopping, cinema, bebidas, etc.). Acabamos nos esquecendo de depositar nossa confiança naquele que demostrou a máxima do amor. Nossa fé é, às vezes, pode ser depositada nos deuses pagãos, ou melhor, nos deuses “cartões de credito, dinheiro, etc.”.

Esquecemo-nos do grande mestre das almas, Jesus, que veio para nutrir nossa alma, e instruir-nos no caminho para verdadeira vida. Basta nosso sim corajoso e a ousadia de depositarmos nele toda nossa confiança, sem restrições. Confie sempre no Senhor, pois Ele é nossa única segurança.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Encontro de formadores palotinos

Os formadores Sul-americanos estiveram reunidos para seu encontro anual de partilha e estudos sobre a formação, em Palotina - Pr, dias 18 a 22 de julho de 2011. Participaram quinze padres e um diácono, das diversas províncias da América do Sul.
Pe. Adalto Chitolina, SCJ, psicólogo do IATES - Curitiba, ministrou um curso de três dias sobre a formação humana nos seminários.




sábado, 16 de julho de 2011

As figuras de Dom Júlio Endi Akamine, SAC



Com o passar do tempo, a gente percebe que não aprende muitas coisas novas. Mas, é possível aprender coisas velhas. Algumas são milenares. Eu soube, recentemente, que o japonês raciocina por imagens. Isso lhe confere uma maneira muito própria de encarar a vida.

Dom Julio é prova disso. Ele pensa por imagem e sua mãe pensa por imagem. Não fosse assim, o novo bispo, ao fazer seu agradecimento no final da celebração de ordenação, não teria citado, dentre os inúmeros conselhos que sua mãe lhe deu, a imagem da árvore, que se mantém nítida em nossa mente: “Filho, não se esqueça! Quanto mais você sobe numa árvore, mais fino fica o galho e mais forte fica o vento”. Também, ao fazer a primeira pregação na apresentação em sua Região Episcopal Lapa, usou a imagem da atual competição de futebol dizendo: “a primeira pregação do bispo tem de ser como a final da Copa América entre Brasil e Argentina... tem de se jogar tudo”.

A belíssima liturgia de ordenação, com suas inúmeras imagens culturais, não escondeu o mais importante, o senso do sagrado. Por sinal, tudo o que foi oferecido favoreceu o essencial do sacramento. Como cantamos no ofertório: “de todos esses bens, escolhemos o pão, escolhemos o vinho, para o sacrifício”.

Em nome de nossa Comunidade Provincial, quero louvar a Deus agradecendo a confirmação de sua Palavra na Sociedade do Apostolado Católico: “A semente caiu em terra boa e deu fruto” (Sl.64/ 65). Dom Julio Endi Akamine, SAC é a confirmação de que a Família Palotina é terra boa, que a Paróquia Santa Marina é terra boa, que a Arquidiocese de São Paulo é terra boa.

Meu amigo e irmão, Julio “semente”, Julio “ponte”, Deus já havia lhe dado a virtude de unir e aproximar as pessoas. Esse seu testemunho foi marcante em nossa comunidade. Agora o será mais ainda para toda a Igreja. Com sua maneira própria de ser e sem se cansar de fazer o bem, viva seus melhores dias no serviço de seu Ministério Episcopal na Igreja de São Paulo.

São Paulo, 10 de julho de 2011.

 Pe. José Elias Fadul, SAC

sexta-feira, 15 de julho de 2011



Eu vos vejo em Deus, falo convosco em Deus, abraço-vos em Deus, saúdo-vos em Deus, amo-vos em Deus e em Deus me encontro sempre convosco e em todas as vossas obras. (São Vicente Pallotti)

(Charles de Foucould)
Pai, eu me abandono a ti. Faça de mim aquilo que queres.

Qualquer coisa que tu faças de mim eu Te agradeço.

Estou pronto a tudo; aceito tudo.

Que se cumpra a tua vontade em mim e em todas as criaturas.

Não desejo outra coisa, meu Deus.

Coloco a minha vida nas tuas mãos.

Dou-a a Ti, meu Deus, com todo o amor do meu coração, porque te amo.

Por que é uma necessidade do amor dar-me e abandonar-me nas tuas mãos

com infinita confiança... porque tu és Pai.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Comunidade Palotina acolhe D. Júlio



A Paróquia São João Batista, Vila Carrão, acolheu os participantes da ordenação Episcopal de D. Júlio. Foi uma festa familiar e com muita descontração. A alegria de todos manifestava a satisfação de termos dado mais um Bispo para a Igreja. Parabéns, D. Júlio, que Deus o proteja e o ilumine sempre.

                                                                                                                


domingo, 10 de julho de 2011

D. Júlio Endi Akamine, SAC


Brasão Episcopal de D. Júlio Akamine

Os adornos externos ao escudo são: o capelo verde (chapéu prelatício) com dois cordões de cada lado do escudo e, na ponta de cada um dos cordões, seis borlas. Cada grau hierárquico é identificado por particularidades artísticas: no caso dos bispos, o chapéu, os cordões e as borlas são todos de cor verde; também a quantidade de borlas e suas posições são próprias dos bispos.

1. O Pinheiro sobreposto ao Círculo vermelho e o Fundo prata (branco)
É sabido que o Pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) cresce em meio à floresta densa, sobressai sobre a vegetação e estende seus galhos e sua sombra sobre outras árvores. Como o pinheiro não nega a sua sombra, seus frutos e a sua proteção às outras plantas e animais da mata, assim o ministério episcopal deve ser marcado pela dedicação e pelo desvelo do próximo. O conjunto forma­do pelo Fundo branco (prata) e pelo Círculo vermelho faz alusão ao Japão, terra de origem dos avós de D. Julio. No Japão, eles tinham lido num panfleto: "No Brasil, há uma árvore com frutos de ouro. Basta estender a mão para colhê-los!".
Aqui, eles não encontraram a riqueza prometida. Encontram, porém, outra árvo­re: a árvore da cruz e da vida.  

2. A lamparina acesa e a Bíblia aberta
São simbolos do estudo e do ensino: a lamparina é símbolo da ciência o de quem busca o saber; o a Bíblia aberta, na heráldica, significa erudição e ensino. Os símbolos indicam que há uma sagrada circularidade entre o que o Bispo é com os cristãos e o encargo que ele tem frente a eles. "Cada Bispo deve poder repetir como Santo Agostinho: 'Se se considerar o lugar que ocupamos, somos mestres; mas, pensando no único Mestre, somos condiscípulos vossos na rnes­ma escola' ( ... ). Aquilo que ouviu e recebeu do coração da Igreja, cada Bispo devolve-o aos seus irmãos, quem deve cuidar como o Bom Pastor" (Pastores Gregis, 28; 29).  
3. Cruz do Infinito em fundo azul
A cor azul significa a justiça e o zelo. A Cruz do Infinito, em vermelho (sangue de Cristo) e realçado pelo dourado (nobreza), é formada por dois símbolos matemá­ticos do infinito (Infinito em posição vertical). Esse símbolo foi muito usado por S. Vicente Pallottl em suas anotações espirituais para exprimir os dois polos de seu mundo espiritual: Deus Amor Infinito e o seu anelo insaciável de glorificar Deus. Essês dois polos estão separados ontologicamente e, ao mesmo tempo, unidos pela Misericórdia de Deus. O símbolo do infinito em posição vertical indica tanto o movimento descendente da graça de Deus e quanto o ascendente da glorificação dos cristãos.
Listel e Lema

O listel contém o lema episcopal: Bonum facientes infatigabiles (não vos canseis de fazer o bem - GI 6,9). Para Deus, nenhuma iniciativa de bem, nenhum ato de bondade e de solidariedade é em vão. O Pai vê e reconhece o bem que realiza­mos por causa de Cristo e em seu nome. O bem que fazemos, mesmo que não seja reconhecido pelos outros, está destinado à glorificação da ressurreição. Crer na ressurreição da carne significa crer que não só daremos, no Pai, o nosso último respiro, mas que nEle encontraremos toda a nossa história glorificada e transfigurada na história de Cristo.

Ordenação Episcopal de D. Júlio Endi Akamine, SAC


D. Júlio Endi Akamine, SAC, foi ordenado Bispo Auxiliar da diocese de São Paulo. A Província São Paulo Apóstolo agradece ao novo bispo pelos trabalhos realizados junto aos palotinos e roga a Deus para que o ilumine neste novo ministério apostólico. Este video foi tirado de:

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Quarenta anos da Juventude Palotina do Brasil

A Juventude palotina do Brasil completou 40 anos de presença na Igreja Católica. A festa comemorativa ocorreu na cidade de Cambé - Pr, na Paróquia Santo Antônio, nos dias 24 e 25 de junho de 2011. Houve uma grande participação de jovens das diversas partes do Brasil. Contamos também com a presença de muitos daqueles que foram os pioneiros neste trabalho evangelizador, entre eles estavam também o Ministro da Integração Nacional, Gilberto Carvalho. Ele foi um dos primeiros a participar da Juventude Palotina. A todos, a nossa saudação e gratidão por este belo trabalho que resistiu a tantas adversidades. Que Deus os abençoe.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

A vida no novidiado

Este vídeo apresenta aspectos da vida do noviciado Sulamericano palotino, em Cornélio Procópio - Pr.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A arte de ser feliz

Pe. Valdeci de Almeida participou da sétima Semana da Saúde, promovido pela direção da Santa Casa de Misericórdia de Cornélio Procópio - Pr. Ele falou sobre formação do ser humano: personalidade e caráter, com o sugestivo título: "A arte de ser feliz". Segue um resumo do que foi dito e também, no vídeo, flash da palestra.


Viver é uma aventura, saber viver: uma arte. O ser humano, devido a tantas atividades e por não saber trabalhar com suas emoções, “acaba se atropelando na escola da vida”. Por isso, muitas pessoas vivem estressadas e tantas outras desequilibradas emocionalmente por desconhecerem a arte de ser feliz, pois a felicidade é um trabalho interior, e deve ser diário. Ser feliz é o desejo de todos, mas, ser de fato, nem sempre é uma tarefa fácil devido a tantos condicionamentos pelos quais passam o ser humano ao longo de sua vida, e tudo isso traz consequências para a formação do seu caráter. A melhor maneira para encontrar a harmonia do espírito, é estar atento às próprias movimentações interiores, identificar qual é a maior dificuldade em sua vida e como a gerencia em momentos de tensão e conflito. Neste processo, criar um ambiente de amizade e companheirismo, no trabalho, ajuda no autoconhecimento e assim possibilita encontrar a melhor saída para dirimir os conflitos desnecessários, ajuda a tornar o ambiente mais saudável e gostoso de ser vivido. Sendo assim, fomentar o espírito de equipe pode ser a saída para um trabalho mais profissional e humanizado, onde cada um vai respeitar o espaço do outro e ajudá-lo a também conquistar sua felicidade. Que tal criar um ambiente saudável, onde cada um se preocupa com o bem estar do outro, para assim todos serem recompensados? Eis a arte de ser feliz!


terça-feira, 10 de maio de 2011

Celebração com a família Pallotti

Consanguíneos e consagrados: herdeiros da mesma riqueza espiritual

A família palotina, no dia 8 de maio, esteve reunida juntamente com os membros da família consanguínea de São Vicente Pallotti, no pequeno povoado de San Giorgio, pertencente a cidade de Cascia, na Província de Perugia, região da Umbria (coração da Itália).
Membros da família consanguínea e da família religiosa palotina (padres, irmãs romanas e missionárias) nos reunimos em torno de um único objetivo: louvar e agradecer a Deus por ter concedido à Santa Igreja o grande Sacerdote Vicente Pallotti, modelo de santidade, exemplo e testemunho de amor a Deus e ao próximo.
Seus 69 habitantes (grande parte da família Pallotti) se organizaram para celebrar a memória de seu mais importante personagem que, embora não tenha nascido em S. Giorgio, é considerado seu ilustre cidadão.
A recordação da presença de São Vicente Pallotti, neste pequeno vilarejo, é percebida principalmente na Igreja, que ainda hoje preserva, com zelo, os paramentos usados por São Vicente durante sua permanência em S. Giorgio, em decorrência da visita realizada à seus familiares de 8 a 23 de setembro de 1819.
Durante todo o dia, seguimos uma programação festiva, caracterizada pelos momentos litúrgicos, celebrativos e convivência fraterna.
S. Giorgio de Cascia representa para nós, palotinos, o lugar de início de um grande projeto de Deus para toda a Igreja; foi realmente uma oportunidade para reavivar e atualizar a memória histórica dos estudos referentes à genealogia de Pallotti; uma verdadeira e grande festa que uniu membros da mesma família, a partir dos vínculos de fé e não somente consanguinidade ou afinidade.
Agradeço a Deus Uno e Trino pela oportunidade de, juntamente com os membros do Curso anual para formadores palotinos, participar deste momento grandioso, que faz parte da tradição da família Pallotti e da vida da pequena comunidade de San Giorgio di Cascia. Posso afirmar que São Vicente Pallotti, mais uma vez, derramou suas bênçãos sobre a “grande família palotina”.



Pe. Elmar Neri Rubira, SAC
Via Giuseppe Ferrari, Roma - Itália
(Ao Pe. Elmar, nossos agradecimentos pela contribuição com o Blog: Com Deus, tudo posso. Desejamos lhe muito sucesso em seus estudos em Roma. Deus o abençoe e o ilumine nesta missão de formador e de evangelizador).

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pe. Júlio Endi Akamine, SAC - Bispo Auxiliar de São Paulo

A Nunciatura Apostólica no Brasil comunica que o Santo Padre Bento XVI, acolhendo a solicitação do Eminentíssimo Cardeal Odilo Pedro Scherer, de poder contar com a colaboração de mais um Bispo Auxiliar, nomeou Bispo Titular de “Tamaguta” e Auxiliar na Arquidiocese de São Paulo, o Reverendo Padre Julio Endi Akamine, SAC (Sociedade do Apostolado Católico), atualmente Provincial em São Paulo. A notícia será publicada no Jornal “L´Osservatore Romano” do dia 04 de maio de 2011, quarta-feira, às 12h de Roma.”
Pe. Júlio é o primeiro bispo nipo-brasileiro. A ele a nossa gratidão pela amizade e pelos trabalhos realizados à nossa província. Parabéns padre Júlio e que o Espírito Santo oi ilumine.

Sua ordenação episcopal será realizada na Catedral Metropolitana de São Paulo (Sé) no dia 9 de julho, às 15h.

domingo, 1 de maio de 2011

A bênção, João de Deus

,No dia da Beatificação do Papa João Paulo II, gostaria de pedir a Deus a graça de ser fiel como ele foi, até fim. Como sucessor de Pedro e representante de Cristo, na terra, não mediu esforços para levar a Boa-Notícia do Evangelho a todos os povos e nações. Procurou seguir os passos de Cristo. Como Ele, passou fazendo o bem, como também procurou aliviar o sofrimento de tantas pessoas que estavam distante da verdade, do amor e da salvação. Beato João Paulo II, reze a Deus por nós. Amém.


Pe. Valdeci teve a graça de poder visitá-lo, na sua casa de verão, em Catelgandolfo, 25 km de Roma. Foi um encontro inesquecível, por isso agradeço a Deus por ter conhecido e tocado em um santo. Isto aconteceu no dia 9 de setembro de 2002.

domingo, 24 de abril de 2011

Notícias de Roma: Pe. Elmar Neri Rubira, SAC


Santuário de Nossa Senhora de Lourdes
Muitos lugares sagrados se tornaram “centros turísticos” e a questão da “fé” tornou-se um elemento secundário. Facilmente encontramos diversos tipos de visitantes em nossos templos sagrados: turistas, observadores, curiosos, estudiosos e verdadeiros peregrinos. A popularidade e a grande massa marcam determinadas datas religiosas e civis, que favorecem a expansão cultural, mas muitas vezes prejudicam a dimensão transcendental. Para quem se propõe a visitar um lugar de culto cristão, o mínimo que se possa esperar é uma atitude de respeito.

Minha experiência no Santuário de Lourdes faz parte do grupo de peregrinos, desejosos em aprofundar a experiência de fé, nascida no seio da Santa Igreja para com a Santa mãe de Deus. O santuário de Lourdes se apresenta como um lugar Sagrado, onde o profano parece não exercer influência. Ao entrar no grande espaço que compõe o complexo do Santuário da Madonna de Lourdes, é possível sentir um clima de recolhimento, de silêncio e oração. Não se trata de uma imposição externa, mas de algo que irradia do próprio ambiente sacro.
Poder visitar este santuário mariano é participar no mistério Dogmático “Imaculada conceição de Nossa Senhora” reconhecido pela Santa Igreja.
Após 4 anos da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição pelo Beato Pio IX em 1854, Nossa Senhora o confirma com as aparições a Jovem Bernadette Soubirous.

Na pequena cidade de Lourdes, na França, na simples Gruta de Massabielle, a Virgem Maria apareceu a Bernadette por 18 vezes, entre 11 de fevereiro a 16 de junho de 1858.
Atualmente, a gruta mantém-se como no período das aparições, mas as manifestações de fé são sempre maiores e profundas. O santuário de Lourdes se destaca, mundialmente, pela presença grandiosa de peregrinos doentes, que se dirigem à este lugar sagrado, buscando conforto espiritual e alivio aos sofrimentos corporais. Da gruta brota uma fonte de água, como também um crescente número de fiéis que buscam a cura física e espiritual.
Visitando este Lugar Sagrado, repetimos o gesto de milhares de cristãos que, durante mais de um século, não cessam de visitar a gruta de Massabielle para escutar a mensagem de conversão e esperança.
A partir de 1858, sessenta e seis curas foram declaradas milagrosas, e muitos outros relatos de curas são estudados e analisados pela Santa Igreja.
As aparições foram reconhecidas como autênticas pelo Bispo de Tarbes, Monsenhor Laurence, em 1862.


Pe. Elmar Neri Rubira, SAC
Via Giuseppe Ferrari – Roma - Itália

sábado, 16 de abril de 2011

Início da Semana Santa

Os cristãos iniciam a Semana Santa celebrando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
Os Ramos verdes, que hoje carregamos, recordam a saudação de acolhida do Povo a Jesus, ao entrar em Jerusalém. Nós também queremos saudar a vida que ele trouxe e a misericórdia que encontramos em seu bondoso coração. 
O Evangelho convida a contemplar a PAIXÃO e MORTE de Jesus, segundo São Mateus. (Mt 26,14-27,66)
O texto introduz no clima espiritual da Semana Santa.
Não é apenas o relato dos fatos, mas o anúncio de um mundo novo de justiça, de paz e de amor: Jesus passou pelos caminhos da Palestina "fazendo o bem" e anunciando um mundo novo de vida, de liberdade, de paz e de amor para todos.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola


Não se trata de um livro de meditações, também não é um tratado de teologia. Trata-se de uma obra de estilo esquemático que contém uma visão teológica da vida a serviço da prática pastoral. Ele tem como finalidade conduzir a pessoa a uma reestruturação interior, provocando uma conversão a Deus para melhor servir a Igreja. Neste livro Inácio ensina a como conduzir e como fazer um retiro. Ele ensina a pessoa a neutralizar as “afeições desordenadas”, a vencer a si mesmo e a por ordem no amor, para que sejamos capazes de reconhecer a vontade de Deus em nossas vidas.

O livro harmoniza ascese e graça divina, ação e contemplação. O livro brota da experiência espiritual do próprio Inácio. Os Exercícios Espirituais formam a base de toda a espiritualidade da companhia de Jesus e de muitas comunidades religiosas masculinas e femininas, como também de associações de leigos.

O Esquema dos Exercícios Espirituais

O objetivo dos E.E. consiste em adquirir uma consciência clara e profunda do amor de Deus para comigo, a partir da fé. Cada exercitante deve estar atento ao apelo pessoal que Deus lhe faz. Cada um deve procurar em plena liberdade de Espírito responder ao chamado de Deus. Os E.E. orientam a pessoa na busca da própria perfeição, para o maior serviço a Deus e a Igreja. Os E.E. nos ajudam a ordenar nossos afetos, a fim de fazer um bom discernimento. Na verdade os E.E. querem nos conduzir a uma progressiva e contínua transfiguração em Cristo, ou seja deixar que Cristo transforme nossa vida. No final dos E.E., cada exercitante deverá ter a capacidade de ver, escolher e fazer o que Deus lhe pede.

Primeira Semana:

O objetivo da primeira semana dos E.E. é a de conseguir a graça de uma intensa dor e lágrimas por causa de meus pecados, sempre conscientes de que Deus me ama apesar de tudo. Ele me ama tal como eu sou e tudo perdoa através da morte de seu Filho Jesus Cristo na Cruz. Sendo assim adquiro uma idéia mais justa e clara da minha radical incapacidade de seguir o chamado divino, exceto em Jesus Cristo e por meio dele.

Desarmado e indefeso, estou aberto diante da gratuidade do amor de Deus. Um tema de grande importância dentro da Primeira semana é o reino de Cristo. Aqui eu descubro que sou chamado por Jesus Cristo a trabalhar com ele na realização da missão recebida do Pai de salvar todas as pessoas. Deus me dirige um chamado pessoal, Jesus Cristo, na Igreja.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Primeira Semana dos Exercícios Espirituais

Do dia 4 a 8 de abril de 2011, os noviços palotinos fizeram a primeira semana dos Exercícios Espirituais, na casa de retiros da Diocese de Cornélio Procópio -Pr. Foi uma semana de muita oração e reflexão sobre o princípio e fundamento, pois, em Deus, somos chamados a "amar e servir".


segunda-feira, 11 de abril de 2011

5. Meditação quaresmal

A REVELAÇÃO DO PECADO


“Examina-me, ó Deus, e conhece o meu íntimo, sonda e conhece meus pensamentos. Vê se no caminho do mal eu estou andando, e guia-me por um caminho de eternidade” (Sl 139, 23-24).

Ao ler os versículos 19 a 22 do salmo, talvez sintamos mal-estar interior semelhante. Pedir ao Deus vivo que me examine, conheça meu coração e me mostre minha maldade, o salmista deve estar brincando! Em verdade, não dizemos essas palavras a sério, se não acreditamos em nosso íntimo que Deus está do nosso lado. Quem convidaria um Deus bisbilhoteiro e vingativo a sondar seu coração? Somente um masoquista ousaria fazer isso. Contudo, esses versículos revelam uma verdade teológica profunda, ou seja, não podemos conhecer nossa pecaminosidade sem a ajuda de Deus, sem a revelação. Só Deus pode mostrar-nos nossos pecados. Não podemos mostrá-los a nós mesmos. Esta reflexão tem a finalidade de pedir a graça de Deus para que Ele nos ajude a reconhecer nossas maldades.
Há alguns anos, encontrei uma mulher que não podia abrir a Bíblia sem sentir condenação. Não importava onde olhasse na Bíblia, Deus parecia estar zangado, acusando, ameaçando castigo. Por isso desistiu de ler a Bíblia, já que ficava tão deprimida. É óbvio que ela tinha que deixar de ver grandes trechos da Bíblia que descreviam Deus sendo compassivo, atencioso, clemente, amoroso. Presumi que a imagem que ela fazia de Deus a impedia de notar essas partes da Bíblia e concluí que ela precisava de uma outra experiência de Deus para mudar a imagem que fazia dele. No primeiro e segundo capítulos, examinamos meios para ter a experiência fundamental de ser aceito por Deus, de sentir que somos “a pupila de seus olhos” (Sebastian Moore). Em termos dos Exercícios Espirituais inacianos, falamos de um “Primeiro Princípio e Fundamento”, uma experiência de nossa identidade básica como pessoa, cuja existência foi desejada por Deus. Antes de termos essa experiência fundamental, Deus está distante, é temível, um bisbilhoteiro e as pessoas com freqüência tornam-se escrupulosas enquanto tentam aplacá-lo. Precisam de ajuda para ter uma outra experiência de Deus, não exortações nem tratados teológicos que só os farão sentir-se pior. Esta verdade foi o tema dos primeiro segundo capítulos.
Quando acreditamos e sentimos realmente que Deus formou a nossa existência mais íntima, ligou-nos no seio de nossas mães e o louvamos do fundo do coração (Sl 139, 13-14), podemos pedir-lhe que nos revele nossa maldade. Pois então saberemos por experiência que Deus deseja nosso bem.
Naturalmente, ainda faremos essa oração pela revelação de nossa pecaminosidade com medo e apreensão, da mesma forma que vacilaríamos em pedir a nosso melhor amigo para nos dizer com sinceridade quais são nossas faltas e falhas. Sentimos que não vamos gostar do que vamos ouvir. E, com razão, porque o pecado é exatamente uma cegueira para nossas falhas reais. Por isso, quando pedimos a alguém que amamos para revelar-nos nossas imperfeições, abrimo-nos a uma nova visão de nós mesmos. Quando a mulher que mencionei acima passa a acreditar, por experiência, na bondade divina para com ela, também percebe que sua pecaminosidade consistia na verdade em sua auto-imagem insatisfatória e sua imagem de Deus como um parasita e um tirano e não nos pecados de que costumava se acusar. Na verdade é da revelação que precisamos e que pedimos quando dizemos com sinceridade as últimas palavras do Salmo 139. Por isso, essas palavras precisam se basear na bondade e benevolência divina.
Pressupondo tal confiança, como fazemos para deixar que Deus nos revele nossa pecaminosidade? Primeiro, precisamos deixar que ele faça isso. Esse desejo só se torna real, quando já estamos um pouco conscientes de que algo vai mal em nosso relacionamento com ele ou com os outros. Tornamo-nos conscientes do afastamento entre Deus e nós e imaginamos se nós estamos provocando. Em um curso sobre a oração, uma representação de papéis revelou essa consciência. Uma mulher descreveu algumas experiências de Deus bastante cálidas e íntimas que tivera duas semanas antes, mas que deram lugar a períodos de grande aridez. Enquanto examinávamos com atenção suas experiências, ela tornou-se consciente de que se sentira amedrontada além de atraída pela intimidade com Deus e se afastara dele. Agora tinha um motivo para pedir a Deus que revelasse o que a deixara tão amedrontada de ter intimidade com ele. Nessas circunstâncias, pode-se recordar da última vez que se sentiu próxima a Deus e pedir-lhe para ajudá-la a ver o que a fez ter medo. Em sua oração, começa a reviver esses momentos de proximidade e talvez sinta mais uma vez o medo surgir, mas agora estará alerta para notar o que o provocou.
As pessoas tornam-se cônscias de muitas fontes de afastamento de um Deus, que, outrora, parecia tão próximo. Lembram-se de pecados passados e imaginam se Deus as perdoou de verdade. Talvez tenham escondido até de si mesmas uma realidade que as faz sentirem-se envergonhadas diante de Deus. Por exemplo, muitas pessoas preocupadas com a própria identidade sexual sentem vergonha e não gostam de lembrar o assunto. Da mesma forma ao lerem os evangelhos, talvez deparem com um texto que aborde um tópico que há muito tempo haviam reprimido. Por exemplo, uma mulher talvez leia: “Se estiveres para apresentar a tua oferta ao pé do altar, e ali lembrares de que teu irmão tem qualquer coisa contra ti, larga tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Então voltarás, para apresentar a tua oferta” (Mt 5, 23-24). De repente, ela se recorda de alguma coisa que o irmão lhe fez anos atrás e que ela nunca perdoou e sente a raiva ressurgir. Ou um homem ouve este texto lido na missa dominical: “Se emprestares dinheiro a alguém dentre o meu povo, a um pobre que mora contigo, não te portarás para com ele como um usurário: não lhe imporás juros” (Ex 22,24) e se vê pensando em seus inquilinos no centro da cidade que pagam aluguéis altos por residências péssimas. Destas e de muitas outras maneiras, talvez, Deus revele-nos nossa pecaminosidade. Somos alertados dessa possibilidade, observando que a sensação de proximidade está mais uma vez ausente.
O último exemplo lembra-nos a história de Zaqueu (Lc 19, 1-10), um dos chefes dos cobradores de impostos e rico. Em certo sentido, ele cometeu um grande engano. Sua curiosidade o dominou e ele subiu a uma figueira para ver quem era Jesus. Jesus pede-lhe que desça da árvore: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje devo ficar na tua casa”. Zaqueu fica encantado e recebe o Senhor em sua casa. Os circunstantes murmuravam que Jesus foi comer com um pecador, mas algo acontece a Zaqueu só por estar na presença de Jesus. Aparentemente sem uma palavra de censura de Jesus, Zaqueu fica de pé diante dele e diz: “Senhor, dou a metade dos meus bens aos pobres. E se extorqui alguma coisa de alguém, vou lhe restituir quatro vezes o seu preço”. Só estar na presença de Deus ou de Jesus faz-nos lembrar nossa falta de santidade, nossa necessidade de conversão.
Assim, se procurarmos ficar perto de Deus, ou se lemos ou ouvimos a Bíblia com atenção, podemos nos ver espontaneamente refletindo sobre como deixamos de tratar os outros como Deus nos trata. Então as palavras do Pai Nosso terão um significado novo: Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como perdoamos aos que nos têm ofendido.
Outra maneira de pedir perdão ao Senhor para nos revelar nossos pecados é sugerida por uma leitura contemplativa da cura de Bartimeu, o mendigo cego (Mc 10, 46-52). Como Bartimeu, nós também, muitas vezes nos sentimos pobres, cegos e necessitados. Como ele podemos gritar: “Filho de Davi, Jesus, tem piedade de mim!”. Os circunstantes repreendem Bartimeu dizendo-lhe para se calar. Ouvimos vozes interiores que nos mandam calar. “Jesus não teria tempo para alguém como eu”. “Eu devia conhecer meus pecados. Afinal de contas, conheço os mandamentos”. “É tolice pensar que Jesus vai falar comigo. É tudo imaginação”. Mas Bartimeu não dá nenhuma atenção às repreensões, gritando mais alto ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” Jesus o chama e Bartimeu joga fora o manto, dá um pulo e vai apresentar-se a Jesus. Jesus lhe pergunta: “Que queres que eu te faça?” Imagine o que passa pela cabeça de Bartimeu ao ouvir essas palavras. Ele fica esperançoso, encantado, ansioso. Mas tem dúvidas ou receios? Imagina se suas esperanças nascerão apenas para serem rechaçadas, quando Jesus disser que não pode ajudá-lo? Ao pensar em pedir para enxergar, teme as mudanças que advirão em sua vida e seu pedido lhe for concedido? Afinal de contas, o único meio de vida que conhece é mendigar e só sabe lidar com o mundo como cego. Assim também, quando ouvimos as palavras de Jesus dirigidas a nós, podemos vibrar com emoção e esperança e tremer de medo. O que veremos quando Jesus abrir os olhos para nossa pecaminosidade?
Sabemos o que Bartimeu responde: “Rabbuni, que eu veja de novo!” que grande ato de confiança, dizer com tanta coragem que quer mudar totalmente sua vida. E Jesus lhe diz: “Vai, tua fé te salvou”. A primeira visão que Bartimeu tem é da face de Jesus, olhando-o com amor e, creio eu, admiração. Pelo menos, esta é uma forma de ler as palavras de Jesus sobre a fé de Bartimeu. A experiência dos séculos que se passaram desde o tempo de Jesus nos diz que os que pedem a Jesus para lhes curar a cegueira, para que possam ver a própria pecaminosidade e se arrepender também, olham nos olhos de um Jesus amoroso, não inimigo.
Muitos cristãos olharam nos olhos de Jesus e, onde esperavam ver condenação, viram amor.