sábado, 6 de fevereiro de 2010

A RODA



Pensemos na oração como se fosse uma grande roda:

A roda gira orientando toda a nossa vida para Deus. A oração faz parte essencial de uma vida plenamente humana. Se não rezarmos, nós nos manteremos vivos apenas pela metade e nossa fé se desenvolverá somente pela metade.
Os raios da roda representam os diferentes tipos de orações. Rezamos de maneiras diversas em momentos variados e de acordo com o estado como nos sentimos. Diversas pessoas demonstraram preferência por determinados caminhos de oração... Os raios representam, por exemplo, a Eucaristia, os outros sacramentos, orações bíblicas, orações de repetição e de intercessão, oração carismática, o rosário, etc.
No entanto, o que gera todas estas formas diversificadas de oração cristã é o fato de que todas elas se acham centralizadas em Cristo. Os raios da roda são as formas ou expressões de oração que se encaixam no aro da roda, que é a oração do próprio Jesus. A oração de Jesus constitui o sentido e a fonte essenciais de toda oração cristã. Poderíamos falar como São Paulo : Não sou eu que oro, porém, é Cristo quem ora em mim. Assim sendo, neste modelo da roda, todas as formas de oração fluem para o espírito de Jesus e dele brotam; o espírito de Jesus que adora Deus dentro da criação e em nome dela. Todas as formas de oração são válidas. Todas elas são eficientes. Estão impregnadas pela consciência humana de Jesus, que se acha em nós pela graça do Espírito Santo.
Esta é a fé que compreende a roda que representa a oração. Não ficamos pensando em tudo isso durante o tempo da meditação em si. Do ponto de vista da experiência, a roda nos ensina algo de grande importância. No aro menor da roda, no centro da oração, você encontra quietude. Sem estabilidade no centro não poderia haver movimento nem crescimento na circunferência. A meditação é o trabalho que se faz a fim de alcançar quietude – que é o “carimbo” do Espírito santo – e identificar-se com ela: “Ficai calmos e sabei que eu sou Deus”.
A oração contemplativa consiste na abertura total à oração de Jesus e na união com ela. Contemplação equivale a ser silencioso, quieto, manso e simples. E é o cerne da oração de Jesus em sua comunhão de amor com o Pai, na direção de sua atenção ao Pai, no Espírito Santo.
A oração cristã, por conseguinte, significa penetrar na vida da Santíssima Trindade mediante e com a mente e o coração humano de Jesus.