quarta-feira, 14 de abril de 2010

Só em Deus encontro refúgio



Quando o ser humano está longe de Deus, as suas ações tornam-se contrárias ao seu plano de amor, e não mais consegue tê-Lo como espelho para praticar as boas obras. Longe de Deus, as escolhas do ser humano são sempre equivocadas. Ele vê somente aquilo que pertence à matéria. Fica fascinado apenas por aquilo que provoca sensações imediatas, mas, bem lá no fundo do seu coração, está buscando algo que não passa, algo que seja eterno, e isso só pode ser encontrado em Deus.

O desejo do eterno faz com que o ser humano coloque valor demasiado naquilo que é fugaz e, quando não encontra nada que preencha o seu vazio interior, as coisas acabam perdendo o seu brilho, e por isso sente a necessidade de colocar outras coisas no lugar, com o intuito de ter novas sensações e, de coisa em coisa, não chega à uma perfeita realização.

A Sagrada Escritura, através de seus relatos alegóricos, mostra qual é a verdadeira atitude do ser humano, quando se distancia de Deus: a inveja toma conta do seu coração; o outro deixa de ser imagem de Deus e passa a ser alguém a ser combatido.

Caim é o protótipo daquele que não vive verdadeiramente na presença de Deus. O seu olhar ficou fascinado pelas coisas da terra e não do céu. Seu irmão Abel é modelo daquele que viveu só para Deus, por isso até mesmo os primeiros frutos da terra não eram para satisfazer as suas necessidades, mas tudo era oferecido a Deus em sinal de reconhecimento, porque sabia que o que possuía vinha da bondade de Deus. (1Jo 3,12) – “Não faças como Caim que matou seu irmão. Por que matou? Porque suas obras eram más”.

Ele oferecia o melhor que tinha para Deus, era a forma que encontrou para agradecê-Lo pelas dádivas recebidas. Quem está perto daquele que ama, também ama e quer oferecer o melhor para a pessoa amada. Quem vive somente em função de si mesmo, além de não partilhar o que possui, ainda quer possuir aquilo que o outro tem. A pessoa torna-se voraz, nada mais a preenche e a consola. Ela vive em função da sua ganância e, sendo ganancioso, não consegue mais viver na presença de Deus. Deus torna-se um inimigo a ser combatido, porque a sua presença a incomoda, pois quem está nas trevas, tem medo da luz.

Um olhar encantador



"Ah, meu Deus, meu Pai, amor infinito e misericórdia infinita de nossa alma! Quem jamais teria sido capaz de imaginar tantas e tão preciosas e amorosas invenções do vosso amor e da vossa infinita misericórdia? E quem poderia compreender a felicidade de uma alma que chegue a possuir o reino do vosso santo amor? Não ficaria ela tão apaixonada pela vossa infinita amabilidade que nunca mais deixaria de vos amar?"
(S.V. Pallotti)

(Lc 19,1-10)
Existem certos encontros que ficam profundamente marcados em nossas vidas. A Bíblia também traz muitos desses encontros casuais que transformaram a vida de muita gente. Lucas é o único evangelista a falar de Zaqueu, que fora surpreendido por Cristo, quando tentava vê-lo. O Evangelho diz que ele era chefe dos cobradores de impostos e muito rico. Ele queria ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da sua baixa estatura, pois uma grande multidão O acompanhava. Mas o desejo de conhecê-Lo era maior que os obstáculos que encontrava, por isso tomou uma atitude nada elegante: “subiu em uma árvore”. Aquele gesto chamou tanto a atenção de Jesus que, ao passar perto dele, olhou para cima, e disse: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje preciso ficar em sua casa”. A surpresa foi tamanha que por uns instantes o cegou de emoção. Desceu imediatamente e O acolheu em sua casa. De pé, diante de Jesus, e sem nenhum constrangimento prometeu-lhe, publicamente, que daria a metade de seus bens para os pobres.

A atitude de Jesus provocou alguns comentários no meio do povo, porque foi hospedar-se na casa de um pecador, mas aquele encontro não foi em vão. Jesus conquistou mais um para o seu reino. O evangelho não fala mais nada desse personagem. Não diz que ele tenha seguido a Cristo. Diz apenas que a salvação entrou naquela casa. A casa aqui pode ser também o coração humano. E quando Cristo habita em um coração, a pessoa viverá somente para ele, na condição em que se encontra. A vida não será mais a mesma.

Zaqueu vivia em função do dinheiro, agora é solidário com os pobres. A visita de Jesus em sua casa mudou completamente sua vida. Ele, agora, encontrou o seu verdadeiro tesouro e quer se livrar dos apegos que aprisionam a alma. É uma pessoa totalmente livre, porque encontrou a verdade.

A conversão de Zaqueu não foi fruto de uma pregação moralista, mas de um encontro com alguém que o amou, e lhe deu atenção. A presença de Cristo deu-lhe uma nova vida. Assim como Zaqueu, Deus quer dar-me uma nova vida, e enchê-la de alegria. Com esse episódio, Jesus me revela que é possível amar cada pessoa, mesmo que eu não tenha motivos para isso. Ele me ensina a perceber a riqueza do amor do Pai, que está atento às minhas atitudes mais singelas, como aquela de querer conhecê-Lo melhor.

Oxalá também nós pudéssemos fazer esta experiência com o Senhor, que continuamente passa em nossa vida através dos sacramentos da Igreja. Que jamais desperdicemos esta oportunidade de vivermos intensamente na sua presença, deixando de lado tudo aquilo que não nos engrandece como pessoas, mas nos escraviza.

Portanto, que a vida de Cristo seja a minha vida...

terça-feira, 13 de abril de 2010

O abraço misericordioso do Pai



"Se o ser humano soubesse o quanto ele pode merecer em cada dia, logo que se levantasse pela manhã encheria o coração de grande alegria e contentamento por mais um dia no qual poderia viver para Deus, nosso Senhor, e aumentar o próprio mérito com a graça e para a honra e glória do mesmo Deus; isso lhe daria força e vigor para fazer e suportar tudo, com grande alegria". (S.V. Pallotti. Propósitos e aspirações, p. 179).

Quando nos aproximamos de Deus, descobrimos sempre a sua beleza e, ao mesmo tempo, a distância que nos separa dele. Cada vez que nos aproximamos de Deus, o contraste entre o que Ele é e o que nós somos se torna tremendamente claro. Pode acontecer que não tenhamos consciência disto, até que vivamos numa certa distância de Deus, por assim dizer até que a sua presença ou a sua imagem sejam veladas pelos nossos pensamentos ou pelas nossas percepções; mas, quanto mais nos aproximamos de Deus, mais claro aparece o contraste. Não é a constante atenção aos seus pecados que torna os santos conscientes da sua pecaminosidade, mas a visão da santidade de Deus. Quando nos julgamos a nós mesmos, sem o pano de fundo luminoso da presença de Deus, os pecados e as virtudes tornam-se coisas de pouca monta e até irrelevantes; é sobre o fundo da presença divina que eles se destacam plenamente e adquirem a sua profundidade e a sua tragédia. Cada vez que nos aproximamos de Deus, nos encontramos frente à vida ou à morte. À vida, se vamos a sua presença no espírito justo e somos renovados por Ele. À morte, se nos aproximamos dele sem espírito de adoração e um coração contrito, e levamos conosco o orgulho ou a arrogância.
Tirado do Itinerário espiritual palotino, p. 75.

domingo, 11 de abril de 2010

Ordenação diaconal em Cambé - Pr

No dia 10 de abril, foi ordenado na Paróquia Cristo Rei de Cambé, o Diácono permanente, José Marcos Vilas-boas, pela imposição das mãos de D. Orlando Brandes, Arcebispo de londrina. O Diác. Marcos é casado e tem dois filhos. Participaram da ordenação vários padres e diáconos permanentes da Arquidiocese de londrina. Pe. Valdeci e os noviços também participaram do evento, que é um marco muito importante para a Igreja em Cambé.