sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A EUCARISTIA NA VIDA DE SÃO VICENTE PALLOTTI


Pallotti sempre foi fascinado pela Eucaristia. Nela, ele contempla Deus que se torna alimento das almas das pessoas. O alimento eucarístico dos fieis não está circunscrito à materialidade do corpo de Cristo, pois ele é Deus e o fiel é alimentado pelo Cristo total: corpo, sangue, alma e divindade. (Gaynor, p. 133-134)

A celebração eucarística ocupou sempre o lugar central na vida de nosso fundador. Ele descobre que nela não está somente a pessoa do Verbo encarnado, mas está presente também o Pai e o Espírito Santo.

No dia 09 de janeiro de 1835, após a santa missa, recebeu a grande inspiração de fundar a União do Apostolado Católico – UAC. Ele tem plena consciência da sua pobreza, miséria e inutilidade, do seu nada e pecado. Reconhece ainda sua incapacidade de receber tão grandioso dom.

Ele aclama a Eucaristia como imagem incompreensível e infinita do amor e da misericórdia de Cristo, e reconhece a sua indignidade diante de tão grande mistério. Por isso reconhece-se como nada a ser preenchido pelo tudo que é Deus em sua compaixão, e intitula-se como prodígio da misericórdia.

Propósitos
Ao reconhecer sua limitação diante do infinito amor de Deus, Pallotti faz alguns propósitos capazes de viabilizar sua relação com Cristo Eucarístico:

a) comungar todos os dias até o fim de sua vida
b) fixar sua atenção na eucaristia;
c) aumentar os adoradores e os que participam da Eucaristia;
d) viver permanentemente em preparação, busca e ação de graças, participando nos infinitos mistérios da Eucaristia;
e) desejava que a eucaristia operasse nele.

A vivência do mistério eucarístico o leva a uma configuração a Cristo: sua vida, suas atitudes, seu apostolado (Gal 2,20). Essa perfeição, porém, só pode ser encontrada no Cenáculo.

Pelo seu exemplo, Pallotti nos impulsiona a nutrirmos um profundo amor pela Eucaristia, fonte de graças e de bênçãos para o apostolado.

“Somos marcados nas mãos de Deus” (Is 49,16). “Antes do nascimento já te havia consagrado” (Jer 1,5). Pallotti também tinha plena consciência de que fora marcado e conduzido por Deus.

O seu grande desejo era de praticar as virtudes que Maria praticou, e como ela as praticou. “Expresso o desejo do meu coração de partilhar solidário, com Jesus e Maria, todas as dores mentais e sensíveis de toda e tão sofrida vida deles”. (Faller, p. 139)