sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Abertura do Período Introdutório - Cornélio Procópio - Pr







Caros Amigos de S. Vicente Pallotti




O início de um novo ano é marcado por muitos inícios e reinícios. No dia 15 de janeiro, em Cornélio Procópio (PR), uma nova turma foi admitida para o Período Introdutório (Noviciado). Deve-se destacar que a turma deste ano é composta por candidatos provindos não só da nossa Província, mas também da de “Santa Maria” e da Região Uruguaia “São Vicente Pallotti”. Neste ano teremos, portanto, um Período Introdutório internacional. A celebração de admissão foi presidida pelo Reitor Provincial, Pe. Julio Akamine, e concelebrada pelos Padres Valdeci de Almeida e Fernando Rossini (Prov. São Paulo Ap.), Edgar Ertl e Egídio Trevisan (Prov. Santa Maria) e Margarito Valiente (Reg. São Vicente Pallotti). Os candidatos do Período Introdutório 2010 são seis: Cristóvão da Silva Magalhães (Prov. Santa Maria), Denis David Peralta Barrios (Reg. São Vicente Pallotti), Rodolfo Gabriel Trisltz (Prov. São Paulo Apóstolo), Wellington Wesley Paiva (Prov. São Paulo Apóstolo), Uelton Cordeiro dos Santos (Prov. São Paulo Apóstolo), Valmir Júnior Jochem (Prov. Santa Maria). Convido você a ver o vídeo da celebração de admissão.












segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A força da oração

O homem em oração torna-se um universo em expansão. Quanto mais a oração cresce dentro dele, mais a sua capacidade de rezar se dilata.

A oração pode ser comparada com duas imagens: como um gás que tende a preencher todo um espaço vazio de um recipiente. A segunda imagem é a do homem que sonda as profundezas do seu coração através da oração, como um espeleólogo que sonda o abismo antes de descer. “Cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha” (Lc 6,48). Quanto mais sondamos, mais a oração se torna intensa e mais temos a desesperadora impressão de que novos abismos estão se abrindo nestas profundezas e estamos fracassando no nosso esforço de oração incessante. Ao invés de desanimar e abandonar a partida, sente incitado a mergulhar numa nova súplica. Sente cada vez mais sede de rezar, embora tenha a impressão de fracassar, lamentavelmente, no seu esforço de oração.

Quanto mais conhecemos Deus, mais o descobrimos, é um conhecimento pelo conhecimento. Quanto mais eu conheço meu amigo, quanto mais estou repleto da sua presença, mais o descubro desconhecido. “Vamos de princípio em princípio, por princípios que nunca tem fim” (Gregório de Nissa).

Tudo é possível a quem tem fé. “Tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé” (Mc 9, 23-24).
Santo Inácio com os escrúpulos das faltas passadas tinha impressão de estar à beira de um abismo, por isso, intensifica a vida de oração e clama a Deus do fundo das trevas, penitencia-se e dedica-se aos outros para aliviar um pouco o seu peso espiritual. A oração implementa a sua fé e o seu desejo, e suas forças aumentam. Deus o faz encontrar a paz. Ele compreende que nunca se deve voltar ao passado.

Na luta de Jacó com Deus, ele sai ferido, porém vencedor. “Solta-me pois a aurora está chegando”, Jacó responde: “não o soltarei, enquanto você não me abençoar” (Gen 32, 27).
“Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa” (Jo 16,24).
“Se pedirem algo ao Pai em meu nome, ele a concederá” (Jo 16, 23).

Pela oração do coração, tentamos libertar, em nós, as energias do espírito escondidas nas profundezas do nosso ser; e esta libertação ocorre ao invocarmos o nome de Jesus com fé e amor. “Senhor Jesus, tende piedade de mim”. “Senhor vinde em meu auxílio”. Nesta oração da invocação do nome de Jesus deve haver pausas, pois o silêncio está dentro da verdadeira Palavra e a Palavra está unida ao espírito.

O silêncio é a linguagem do mundo que há de vir (Isaac, o Sírio).
O homem que atingiu o estado de oração perpétua é aquele que despertou para a vida do Espírito dentro de si.

Para descobrir a presença de Deus, é preciso passar pela graça da iniciação. Se não passarmos por esta iniciação dolorosa, que supõe a noite do deserto, poderemos muito bem falar de Deus ou escrever coisas belíssimas sobre ele, mas sempre faltará a experiência e vivência. A graça da experiência não se manifestará. O apostolado é apenas a transmissão desta viva experiência de Deus. Para ser um verdadeiro apóstolo é preciso procurar, ter sede de Deus.

Rezar é expor o fundo do seu ser ao olhar amoroso de Deus. Pouco importa o que dizemos, pensamos ou fazemos; desde que o nosso olhar penetre sob o olhar de Deus, nós estamos em oração. Diante de Deus o que conta é o ser: o pensamento, o querer e o amor virão depois. A mais perfeita oração é quando não dizemos mais nada, mas ficamos diante de Deus contemplando-o como se olhássemos para um amigo. Sl 38, 22 “Javé, não fique longe de mim”. Quanto mais a face de Deus se desvenda a nós, mais nós descobrimos seu amor infinito; então desejamos ser vistos por ele. (Lc 4, 20b) “Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele”.

Procuremos, neste tempo de reflexão, dedicar um pouco mais da nossa atenção à Palavra que Cristo quer nos transmitir.

O que mais me tocou nesta reflexão e que sentimento despertou em mim para poder ficar só com o Senhor, no deserto da minha vida e assim repetir, sem me cansar, uma palavra que brota como uma fonte refrescante?