segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Camaldoli - Um recanto espiritual de nosso Fundador



São Vicente Pallotti soube viver intensamente a contemplação e o Apostolado, foi um místico e um apóstolo, um homem com espírito monástico e ao mesmo tempo apostólico, deixou-se conduzir pelo Senhor em todos os momentos de sua existência, um homem mergulhado na contemplação, e envolvido nas atividades pastorais, soube harmonizar oração e apostolado de maneira tão perfeita que ambas se encontravam em constante relação.
Muitas vezes Pallotti se dirigia ao Eremitério de Camaldoli, carinhosamente intitulado como “Santo Eremo”, lugar de profundo silêncio e tranquilidade, lugar onde tudo fala de Deus, uma verdadeira oportunidade para crescer na intimidade com o “Infinitamente Misericordioso”. Na solidão da vida monástica, nosso pai fundador manifestava seu grande desejo de estar sempre em sintonia com o seu Senhor.
Visitar Camaldoli e respirar o ar puro proveniente deste lugar santo me fez entender o porquê nosso Santo Fundador se dirigia a este “Santo Eremo”.  As motivações de São Vicente vão do aspecto espiritual ao propriamente físico; ele aproveita as oportunidades para aprofundar sua experiência com a Santíssima Trindade e para restituir suas forças físicas. Pallotti nutria um carinho especial e grande admiração pelos monges camaldulenses.  Durante sua permanência em Camaldoli, de julho a outubro de 1839, foi agraciado por uma grandiosa experiência religiosa que transformou toda a sua existência. O próprio Pallotti afirma: “Creio e tenho por certo, que a Divina Misericórdia destrói toda minha miséria e me enche de todos os seus dons”.
Neste período em que esteve no “Santo Eremo”, Pallotti escreve ajoelhado as normas fundamentais da Pia Casa de Caridade, da Comunidade das irmãs, da União e da Pia Sociedade do Apostolado Católico; também escreveu muitas cartas, das quais setenta e uma delas estão conservadas.
Durante sua permanência em Camaldoli colocava-se à disposição da comunidade monástica para o exercício do ministério da reconciliação e direção espiritual; algumas vezes edificava a Comunidade com a pregação dos santos exercícios espirituais (retiros). Sua atitude constante em tudo fazer para a maior Glória de Deus, santificação pessoal e do próximo, era para os monges um testemunho verdadeiro de amor e fidelidade ao chamado de Deus.

Pe. Elmar Neri Rubira, SAC - Casa Geral – Roma - Itália

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