sábado, 13 de fevereiro de 2010

QUARESMA, TEMPO DE JEJUM, PENITÊNCIA E ORAÇÃO




Jejum, penitência e oração são totalmente destituídos de valor e sentido se não forem vivificados pela caridade e acompanhados das obras de justiça. Assim, o jejum verdadeiramente agradável a Deus consiste em libertar-se do egoísmo e prestar alívio e ajuda ao próximo. A Igreja, abolindo quase inteiramente o preceito do jejum exterior, entendeu empenhar-se com maior força em favor dos pobres e humildes. Durante a Quaresma, o presente convite à prática da caridade está em estreita relação com o convite ao jejum. A Quaresma ajuda-nos a descobrir as necessidades do próximo e lembra-nos que podemos encontrar a maneira de ir-lhe ao encontro, renunciando a algo de pessoal. O jejum, cumprido por amor de Deus e dos seres humanos, é sinal do desejo de conversão.
O jejum, além de sinal do desejo de conversão, é também sinal de espera. O próprio Jesus, como os discípulos de João no deserto, assumindo em si a longa espera do esposo. Chegado este, o jejum não em mais sentido. Depois da ressurreição retomará seu significado, na medida em que o tempo da Igreja, entre o momento em que lhe for tirado o esposo e o seu retorno, tem ainda uma dimensão de preparação e construção do Reino. O jejum torna-se, então, expressão de tristeza pela separação do esposo e privação da sua presença física, meio para ter o coração livre de vaidades que o impedem de ser disponível aos apelos de Deus, participação nos sofrimentos dos irmãos, nos quais perdura o sofrimento de Cristo. Quando Ele voltar, será então possível gozar plenamente dos bens criados. O jejum quaresmal tem uma conotação eclesial: está ligado aos dias que a Igreja, na terra, dedica à espera e à preparação.
A Igreja Católica, no Brasil, de maneira criativa, ajuda os fiéis a viverem a prática da fé e da solidariedade humana, refletindo alguns temas de interesse nacional durante o período quaresmal com a Campanha da Fraternidade. Este ano estamos refletindo sobre “Economia e vida”. “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”.
A Campanha da Fraternidade Ecumênica visa a fortalecer os laços de fraternidade e de cooperação do povo cristão a serviço da transformação da sociedade brasileira para que seja mais justa e solidária.
Desejamos a todos uma boa preparação para a Páscoa do Senhor.
“Que a vida de Cristo seja a minha vida”. (S. V. Pallotti)

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