CONHEÇA O CARISMA PALOTINO - PARTE I
Quem foi Vicente Pallotti?
Vicente Luis Francisco Pallotti nasceu dia 21 de abril
de 1795, na via del Pellegrino - Roma,
número 130. Foi batizado no dia seguinte, após o seu nascimento. Vicente é filho
de Pietro Paolo Pallotti e de Maria Madallena de Rossi. O casal teve 10 filhos.
Vicente teve pais exemplares que o ensinaram a amar a
Deus e que o conduziram a uma devoção mariana. Seu pai, Pietro, rezava todos os
dias: meia hora antes de nascer o sol, após o almoço adorava o santíssimo
sacramento em alguma das Igrejas de Roma, participava de celebrações
eucarísticas e recitava o terço em família. A sua mãe, Maria Madallena, mulher simples,
desde muito jovem, jejuava às sextas-feiras da quaresma. Enquanto Pietro ficava
cuidando da mercearia, onde trabalhava, Maria educava os filhos e cuidava dos
afazeres domésticos. Desde pequena, tinha devoção mariana e procurava educar os seus filhos de acordo com o exemplo da família de Nazaré.
Pallotti viveu em um período bastante conturbado politicamente, devido a
ocupação napoleônica de Roma. Toda Itália era dominada por estrangeiros e Roma
foi saqueada pelos franceses. A Igreja passava por um período de crise, onde
algumas correntes infundiam um pensamento laico, em que colocavam o reino, revelado
por Jesus Cristo, como nada mais do que uma ética natural. Falava-se de
religião em um nível de piedade natural, afastando as pessoas dos sacramentos
da Igreja. O movimento político instalado queria tirar o poder temporal do papa
Pio VI, que estava no exílio. Com o falecimento do referido papa, elegeu-se o
seu sucesso com o nome de Pio VII, para homenagear o seu antecessor.
Apesar de todas essas dificuldades na Igreja, desde muito jovem, Vicente
demonstrava sinais de santidade. Aos três anos de idade, já rezava na frente de
nossa Senhora, com nove anos de idade dormia piedosamente no chão e sua
brincadeira preferida era construir altarzinhos de madeira. Em 1801, ele foi
crismado e em 1810 recebeu a sua primeira comunhão, e com isso é concedido a
ele a possibilidade de comungar todos os dias, devido ao seu bom comportamento.
Aos 12 anos de idade, Vicente escolheu o padre Bernardino Fazzini, para ser seu
confessor e confessava uma vez por semana.
Durante as suas férias, Vicente Pallotti ia para Frascati, na casa de sua
tia, onde demonstrou mais sinais de santidade. Certa vez, ao levar comida aos
camponeses, montado em um burrinho, sentiu-se mal por não ter ido a pé e pede
para que um garoto o flagele. Outra vez, sua tia o vê chegando descalço, pois
tinha dado os seus sapatos a um pobre. Ele também aproveitava os seus dias de
descanso, em Frascati, para ensinar cantos e catequese aos filhos dos
camponeses.
Nos estudos, era um menino muito esforçado, mas não conseguia aprender
muita coisa, até que um dia sua mãe propõe-lhe que fizesse uma novena ao Espírito
Santo. Após fazê-la, sentiu a sua mente aberta e, a partir de então, começou a
tirar boas notas e ensinar os seus amiguinhos com mais dificuldades no aprendizado.
Depois de estudar nas Escolas Pias, Pallotti passou a estudar no Colégio
Romano, onde ganhava muitos prêmios, por causa do seu empenho e pelo bom
comportamento.
No ano de
Vicente, aos dezesseis anos de
idade, demonstrou o desejo de ser padre. Ele queria entrar para a Ordem dos Capuchinhos,
mas o seu diretor espiritual o aconselhou a ingressar nos padres seculares (diocesanos
de Roma), pelo fato de ter uma saúde frágil, e os capuchinhos tinham uma vida muito
rigorosa. Mesmo Vicente tendo entrado para os padres seculares, ele continuou
gostando da ordem dos capuchinhos. Por isso, teve autorização de usar o hábito franciscano
para dormir.
No dia 15 de abril de 1811, com dezesseis anos, Pallotti recebeu a
tonsura, com isso se sentia mais preparado espiritualmente para exercer o
trabalho que recebeu nas ordens menores – ostiariato, leitorado, exorcista e acolitato.
A santidade faz parte da vida de todo o cristão, por isso somos chamados
a viver o nosso batismo de maneira exemplar e Pallotti é, para todos nós, modelo
de virtude e de seguimento de Cristo.
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