domingo, 4 de julho de 2010

Boletim do mês de junho


ENCONTRO DE FORMAÇÃO PARA OS SACERDOTES PALOTINOS
Por ocasião da conclusão do Ano Sacerdotal

No dia 15 de junho, foi concluído o primeiro curso se verão da formação permanente no “Cenáculo” da Via Ferrari – Roma. O encontro foi organizado pelo Secretariado Geral para a Formação (dia 07 a 15 de junho de 2010), por ocasião do encerramento do Ano Sacerdotal. Dezessete confrades, provenientes de oito países, participaram do encontro, a saber: Brasil, Polônia, Ruanda, Camarões, Índia, Alemanha, Estados Unidos e França. A tradução foi simultânea do italiano para quatro outras línguas oficiais da Sociedade (inglês, alemão, polonês e português). Sete confrades palotinos apresentaram diversos aspectos da atividade e da espiritualidade sacerdotal palotina: “A vida Sacerdotal em Roma no tempo de Pallotti” (Pe. Franco Todisco). “O empenho pastoral de Pallotti na cidade de Roma” (Pe. Jan Kupka). “O presbítero palotino e a sua missão hoje” (Pe. Fritz Kretz). “O papel dos sacerdotes e dos Irmãos da Sociedade do Apostolado Católico na União do Apostolado Católico” (Pe. Derry Murphy). “A cooperação entre sacerdotes, as pessoas consagradas e os fiéis leigos, segundo a visão de Pallotti” (Pe. Stanislao Stawicki). “A formação permanente na vida sacerdotal: itinerário e meios para um crescimento permanente segundo a Ratio Institutionis da SAC” (Pe. Jacob Nampudakam). “Os diversos caminhos de santidade sob as pegadas de São Vicente Pallotti” (Pe. Jan Koricki).
Do dia 9 a 11 de junho, todos seguiram o programa do Encontro Internacional dos Sacerdotes: “Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote”. O evento foi promovido pela Congregação para o Clero. De fato, o encontro de formação teve dois momentos principais:
1- Do dia 9 ao dia 11 de junho: participação dos eventos programados pela Congregação para o Clero, na Basílica de São Paulo, São João do Latrão e de São Pedro;
2- Nos outros dias: “momentos palotinos” com conferências, partilhas, celebrações litúrgicas e visitas em alguns lugares frequentados pelo fundador em Roma e fora de Roma: Via Del Pellegrino, Santo Espírito dos Napolitanos, São Salvador in Onda, Sapienza, Pia Casa, Colégio Irlandês, Trindade dos Montes, Propagação da Fé, São Silvestre in Capite, Frascati, Camaldoli e Grottaferrata.

Uma experiência marcante foi a vigília da noite do dia 10 de junho, na Praça São Pedro, na qual o Papa respondeu cinco perguntas feitas por sacerdotes dos cinco continentes. “Santidade, [...], Por vezes a teologia não parece ter Deus no centro e Jesus Cristo como primeiro “lugar teológico”, mas tem, ao contrário, os gostos e as tendências difundidas. Como podemos permanecer orientados na nossa vida e no nosso ministério? [...]. Sentimo-nos “descentrados”! – disse um jovem sacerdote africano, Mathias Agnero, da Costa do Marfim.
Respondendo a esta pergunta, o Santo padre dirigiu-se, entre outros, aos seminaristas: “Certamente isto é muito importante para a formação teológica, e gostaria de dizer aos seminaristas: No nosso tempo, devemos conhecer bem a Sagrada Escritura, para enfrentarmos os ataques das seitas. Devemos ser, realmente, amigos da Palavra. Devemos conhecer as correntes do nosso tempo para podermos responder racionalmente, para poder dar, como diz São Pedro, ‘razões à nossa fé’. A formação é muito importante”.
A missa conclusiva com o Santo Padre, no dia 11 de junho, foi uma celebração com o maior número de concelebrantes, jamais visto em Roma: cerca de quinze mil sacerdotes.
O chamado a uma maior fidelidade à vida sacerdotal na Igreja, segundo o carisma do nosso santo Fundador Vicente Pallotti, foi a mensagem principal do encontro de formação para os sacerdotes palotinos, que foi oficialmente concluído no dia 15 de junho, com uma solene Eucaristia na Igreja São Salvador in Onda, presidida pelo Reitor Geral, Pe. Friedrich Kretz.
Entre os escritos de São Vicente Pallotti, existe um que se chama “Regras e Método de observar-se inviolavelmente em todos os Congressos ou Consultas presentes e futuras da Pia Sociedade do Apostolado Católico” (OO CC I, p. 121/122). Pe. Vicente nos fala dos diversos encontros, e nos faz uma observação muito pertinente: “Muitos são os Congressos que se fazem para as obras pias, mas pouquíssimos, em proporção, são aqueles que produzem os efeitos para os quais se fazem. Se procurarmos as razões disto, convém dizer que, facilmente, falta neles a caridade”. Pallotti chama a experiência de todos estes Congressos feitos sem a caridade de: “funesta”, isto é, fatal! Esperamos que a nossa experiência não tenha sido funesta.

Pe. Stanislao Stawicki, SAC
Roma – Via Giuseppe Ferrari

3 comentários:

  1. Prezado Pe. Valdeci e leitores de seu blog me permitam acrescentar à fala do Santo Padre um aspecto que considero essencial a vocês padres e aos futuros sacerdotes, quando ele fala do conhecimento da Palavra de Deus. Sim conheçam racionalmente a Palavra, tenham todo domínio teológico, dogmático e profunda sintonia com o magistério da Igreja, porém padres e futuros padres não destruam a Palavra de Deus em vossas homilias, pois nesses últimos anos tenho ouvido leigos dizer: "como é dificil aceitar que é o Espírito Santo, que o Pe. age "in persona" Cristo" falam isso porque falta testemunho, porque falta coerência. Desafio a pensar que o conhecimento da Palavra deve se dar não porque temos que combater SEITAS, mas porque é por Ela que arrebanhamos homens e mulheres para Deus. E se as seitas estão crescendo é porque a Palavra não está sendo vivida por aqueles que são os sinais de Deus no meio dos povos.

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  2. Pois é, Galiani, infelizmente muitos falam somente em nome de Deus, mas, acredito eu que, antes de falar em nome de Deus, devo primeiro fazer a experiência de Deus. Eu sei que isso não é fácil. Posso dizer que é uma ousadia de nossa parte querer experimentar os desejos de Deus, mas ele nos permitiu experimentá-lo. Basta ver o exemplo dos santos, dos místicos. Basta ver o exemplo de nosso Fundador, mesmo se classificando como "nada e pecado", o infinitamente miserável, conseguiu fazer grandes coisas, porque se sentiu profundamente amado por Deus. Creio que o que falta em nosso meio é essa verdadeira experiência do ressuscitado, de se deixar amar por Deus. Quem experimentou isso jamais será o mesmo, e não falará e nem fará mais qualquer coisa. Desejará verdadeiramente ser um "alter Christus", com palavras e obras. Por isso, na memória prática cotidiana, Pallotti sempre se questionava, será que Deus faria ou falaria o que estou fazendo e falando? Se dermos atenção a isso, certamente a nossa pregação será outra e nosso testemunho será muito parecido com o de Cristo. obrigado pela reflexão.

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  3. Fiz escolhas absurdas aos olhos humanos, porém procurei como nosso fundador, S. Vicente Pallotti fazer única e exclusivamente a "vontade de Deus", não foi e não é fácil. Na minha miséria humana de pecador busco fazer a experiência de Deus para que os que a mim recorrerem eu possa ser sinal do Amor e Misericórdia de Deus. Assim creio devem ser todos os cristãos e um pouco mais, cada um conforme sua vocação e ministérios assumidos, não é mesmo? Abraços!

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