Relíquias de São Vicente Pallotti peregrinam
pelas comunidades palotinas do Brasil
Pe. Aguinelo Burin SAC
Pe. Edgar Ertl SAC
Santa Maria/RS
1. Introdução
De 26 de maio de 2012 a 26 de janeiro de 2013, duas relíquias de São Vicente Pallotti (1795-1850) estão peregrinando pelas Comunidades da União do Apostolado Católico (UAC) – Família Palotina – padres, irmãs, irmãos e leigos no Brasil. Uma pequena, de 1° classe, um fragmento dum dedo da mão, e uma estola que ele usou para celebrar. Esta peregrinação das relíquias está entre as diversas atividades que estão sendo organizadas pela família palotina em vista dos 50 anos de canonização do santo a ser celebrado no dia 20 de janeiro de 2013. São Vicente Pallotti foi canonizado no dia 20 de janeiro de 1963, pelo papa João XXIII, durante a celebração do Concílio vaticano II. Seu corpo é venerado na Igreja de São Salvador em Onda, perto do Rio Tibre, em Roma. Que sentido têm as relíquias dos Santos? Vamos à história e valor das relíquias à fé cristã, e particularmente à Família Palotina do Brasil.
2. Um pouco de história
Dois fatos do Antigo Testamento. No livro (2Rs 2,10-16) se narra que, quando Elias foi levado, por um carro de fogo, para o céu, deixou cair o manto. Eliseu recolheu o manto e, para atravessar o Jordão, bateu com o manto nas suas águas e elas deram passagem a Eliseu.
Alguns do Novo Testamento: Em Mt 14,35s se diz que uma mulher que sofria de uma forte hemorragia, chegou até Jesus, furando no meio da multidão, pensando consigo: se eu tocar no seu manto, ficarei curada. E foi o que aconteceu. E continua dizendo que muitos tocavam no manto de Jesus e ficavam curados.
No livro dos Atos dos Apóstolos 19,11-12 temos também um testemunho semelhante.
Na História da Igreja, já no ano de 156 se conta que os cristãos recolheram os restos de São Policarpo, queimado na fogueira por ser cristão. Já é sinal de muita estima e culto. Mais tarde muitos milagres e graças aconteceram num contato com estas relíquias.
Depois da paz de Constantino, procuraram em Jerusalém a cruz de Cristo. Dizem que encontraram três, e para verificar qual era a de Cristo encostaram nas três uma criança doente. Ao encostar numa delas, a criança ficou curada. Pode ser lenda, mas esta cruz foi venerada como a cruz em que Cristo foi crucificado.
No caso também os pregos teriam sido encontrados.
No tempo das perseguições do Império Romano, os cristãos recolhiam o sangue dos mártires com panos e os veneravam. Nas catacumbas, celebravam missas junto do túmulo de mártires da fé, para pedir força e fidelidade.
Temos, portanto, aí um testemunho histórico do culto das relíquias dos heróis da fé.
O culto das relíquias só foi aumentando ao longo dos tempos.
No século VII, o bispo de Cantuária declarava que as relíquias dos santos deviam ser objetos de veneração.
Na Idade Média, no período de construção das grandes Catedrais, chegamos ao auge da valorização das relíquias dos Santos.
Na Catedral de Colônia, o Arcebispo expôs os corpos dos Reis Magos! Em Santiago de Compostela são apresentadas relíquias do corpo de São Tiago!
Aos poucos este culto tomou proporções exageradas. A partir das Cruzadas, ossos, pedaços de panos, penas dos anjos, prepúcio de Jesus foram exibidos como relíquias e havia gente que acreditava em tudo.
Então a Igreja encomendou um estudo sobre algumas pretensas relíquias e constatou que havia muita falsificação.
Alguns do Novo Testamento: Em Mt 14,35s se diz que uma mulher que sofria de uma forte hemorragia, chegou até Jesus, furando no meio da multidão, pensando consigo: se eu tocar no seu manto, ficarei curada. E foi o que aconteceu. E continua dizendo que muitos tocavam no manto de Jesus e ficavam curados.
No livro dos Atos dos Apóstolos 19,11-12 temos também um testemunho semelhante.
Na História da Igreja, já no ano de 156 se conta que os cristãos recolheram os restos de São Policarpo, queimado na fogueira por ser cristão. Já é sinal de muita estima e culto. Mais tarde muitos milagres e graças aconteceram num contato com estas relíquias.
Depois da paz de Constantino, procuraram em Jerusalém a cruz de Cristo. Dizem que encontraram três, e para verificar qual era a de Cristo encostaram nas três uma criança doente. Ao encostar numa delas, a criança ficou curada. Pode ser lenda, mas esta cruz foi venerada como a cruz em que Cristo foi crucificado.
No caso também os pregos teriam sido encontrados.
No tempo das perseguições do Império Romano, os cristãos recolhiam o sangue dos mártires com panos e os veneravam. Nas catacumbas, celebravam missas junto do túmulo de mártires da fé, para pedir força e fidelidade.
Temos, portanto, aí um testemunho histórico do culto das relíquias dos heróis da fé.
O culto das relíquias só foi aumentando ao longo dos tempos.
No século VII, o bispo de Cantuária declarava que as relíquias dos santos deviam ser objetos de veneração.
Na Idade Média, no período de construção das grandes Catedrais, chegamos ao auge da valorização das relíquias dos Santos.
Na Catedral de Colônia, o Arcebispo expôs os corpos dos Reis Magos! Em Santiago de Compostela são apresentadas relíquias do corpo de São Tiago!
Aos poucos este culto tomou proporções exageradas. A partir das Cruzadas, ossos, pedaços de panos, penas dos anjos, prepúcio de Jesus foram exibidos como relíquias e havia gente que acreditava em tudo.
Então a Igreja encomendou um estudo sobre algumas pretensas relíquias e constatou que havia muita falsificação.
3. Alguns exemplos de exageros
Os pedacinhos da cruz de Cristo que corriam constataram que daria uns 4.000.000 de centímetros cúbicos de madeira! E havia uns 700 pregos da Cruz.
O Concílio de Lion apelou aos responsáveis, bispos e outros, que verificassem a autenticidade das relíquias que eram distribuídas e veneradas.
A ciência moderna e o estudo da História da Igreja ajudaram a recolocar em ordem estes exageros. O caso do Santo Sudário...
Os pedacinhos da cruz de Cristo que corriam constataram que daria uns 4.000.000 de centímetros cúbicos de madeira! E havia uns 700 pregos da Cruz.
O Concílio de Lion apelou aos responsáveis, bispos e outros, que verificassem a autenticidade das relíquias que eram distribuídas e veneradas.
A ciência moderna e o estudo da História da Igreja ajudaram a recolocar em ordem estes exageros. O caso do Santo Sudário...
4. A Igreja classifica as relíquias em três classes:
1ª classe, parte do corpo; 2ª classe, objetos pessoais e 3ª classe, pedaços de tecidos que vestiu ou que usou. Estas de S. V. Pallotti que vem aqui pertencem à primeira e à terceira classe. E são autênticas! É proibido, sob pena de excomunhão, comprar ou vender relíquias com fins lucrativos.
5. Algumas relíquias famosas e autênticas
Corpos que permaneceram intactos no sepulcro: S. Catarina de Bolonha; S. Bernardete de Soubirous; S. João Vianney; S. Rita de Cássia; Beato João Paulo II; S. Pio de Pietrelcina; Irmã Dulce; S. Vicente Pallotti, entre muitos outros.
6. Relicário palotino
O relicário de São Vicente Pallotti que peregrina pelo Brasil, no formato de uma Arca da Aliança, uma peça belíssima e única, foi assinada pelo maior artista sacro do momento no Brasil, Cláudio Pastro. Nele estão as duas relíquias. Um fragmento do dedo de Pallotti – lembrando sua humanidade, seu corpo, embora franzino, magro, mas um homem incansável a serviço da caridade evangélica – um homem de seu tempo, com um perfil de que a “vida de Cristo seja a sua vida”, com os desejos, propósitos, expectativas que envolvem céus e terras, tudo sem limites como fora o “Homem de Nazaré”. E uma estola – usada pelo santo durante as funções litúrgicas – lembrando que um dia ele foi batizado e esta estola é uma continuação de suas vestes batismais: o cristão é um servidor de Jesus Cristo e todo batizado se torna discípulo missionário do Evangelho. Vicente Pallotti exerceu seu ministério sacerdotal com zelo e dedicado às grandes causas humanas, culturais, eclesiais e espirituais. – um sacerdote de caridade inesgotável. Deste serviço sacerdotal apostólico podemos dizer que nasceram grandes obras: A fundação da União do Apostolado Católico, O Solene Oitavário da Epifania, a Fundação da Casa de Caridade e Colégio das Missões, as Conferências semanais dos Eclesiásticos e Instituto Religioso Feminino, Assistência Espiritual ao Hospital Militar, a Missão de Londres e outras infinitas atividades deste homem consagrado segundo o Evangelho, “pois todo sumo sacerdote é escolhido entre os homens e nomeado representante dele diante de Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados” (Hb 5,1).
7. Que sentido tem venerar as relíquias?
Destacamos dois aspectos do seu valor. Primeiro, ligar-nos ao seu portador, para tê-lo muito próximo e presente e assim seguir seu exemplo de santidade. E um segundo sentido, que a maior parte do povo atribui às relíquias é como um intermediário para alcançar do Santo uma graça, um milagre, uma cura. E isto se tem verificado muitas vezes, “o exemplo oportuno de vida a ser imitado”, e, sobretudo o auxilio na intercessão. E é importante para identificar que aquela graça ou milagre foi alcançado pela intercessão daquele homem ou mulher santos.
Para nós, creio, vale muito o primeiro aspecto: as relíquias de São Vicente Pallotti, nos lembram sua pessoa, sua vida de santidade, seu zelo apostólico, seu carisma que nós queremos seguir.
E também para suplicar alguma graça de que precisamos. Temos que invocar São Vicente Pallotti, não só como homem de ideias e carisma, como dons para a Igreja, mas também como nosso Pai, protetor e auxílio nas nossas dificuldades e necessidades. Invoquemo-lo com confiança. Portanto, a veneração das relíquias dos santos faz parte da tradição da Igreja Católica desde os primeiros séculos e neste momento do Ano Jubilar da canonização de São Vicente Pallotti convidemos, pois, todo o povo que venham às nossas comunidades, igrejas e locais por onde passam as relíquias de Pallotti a fim de que busquem nele um exemplo autêntico de seguidor de Jesus Cristo, Apóstolo do Pai.
Para nós, creio, vale muito o primeiro aspecto: as relíquias de São Vicente Pallotti, nos lembram sua pessoa, sua vida de santidade, seu zelo apostólico, seu carisma que nós queremos seguir.
E também para suplicar alguma graça de que precisamos. Temos que invocar São Vicente Pallotti, não só como homem de ideias e carisma, como dons para a Igreja, mas também como nosso Pai, protetor e auxílio nas nossas dificuldades e necessidades. Invoquemo-lo com confiança. Portanto, a veneração das relíquias dos santos faz parte da tradição da Igreja Católica desde os primeiros séculos e neste momento do Ano Jubilar da canonização de São Vicente Pallotti convidemos, pois, todo o povo que venham às nossas comunidades, igrejas e locais por onde passam as relíquias de Pallotti a fim de que busquem nele um exemplo autêntico de seguidor de Jesus Cristo, Apóstolo do Pai.
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