A necessidade da formação sacerdotal
São Vicente Pallotti conhecia, profundamente, a vida sacerdotal. Estava convencido de que a santidade dos sacerdotes, como também seu desempenho pastoral, dependem de uma boa formação. Para ele, não basta apenas o clero ser santo, é preciso que também seja douto (OOCC I, 171). Dizia mais: “Se a vida de todos os cristãos deve ser uma contínua imitação da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, (...) com quanto maior perfeição não deveria ser a daqueles que chegaram ao sacerdócio e que devem agir em nome de Cristo”! (OOCC I, 157).
Por isso, desde o início das atividades sacerdotais se nota um grande apreço de Pallotti pela contínua renovação da vida do clero. Isto se confirma pelo texto escrito entre os anos 1823 a 1829, período do pontificado do Papa Leão XII, intitulado: “Vários pontos para a reforma do clero” (OOCC V, 544 a 557). Este texto traz as propostas para a renovação da vida sacerdotal, e Pallotti é solícito em promover tudo aquilo que pode contribuir para a formação dos perfeitos servos de Cristo. Os sacerdotes e confessores, além de serem bem preparados, devem ter uma vida de santidade. Os pregadores devem distinguir-se tanto pela doutrina quanto pela sua integridade moral. Da santidade, da ciência e da vigilância dos pastores dependem, em grande parte, a paz da cristandade e salvação eterna das almas.
A partir de 1827, Pallotti foi nomeado diretor espiritual do Seminário Romano, Colégio Inglês e Irlandês. Em 1833, deu início também ao Colégio Urbano da Propagação da Fé. O exercício da direção espiritual levou-o a ter ainda mais convicção da necessidade de uma profunda formação sacerdotal, sobretudo, missionária. Qual fosse o teor da sua formação espiritual, afirma: “Para ajudar os alunos a serem verdadeiros missionários, entre os infieis, é necessário formá-los na prática indicada pelo próprio Cristo: ‘Se alguém quiser vir atrás de mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e me siga’” (Mt 16,24). (OOCC XI, 449)
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