quinta-feira, 7 de maio de 2009

Do livro: Itinerário espiritual palotino - Orações




Maria guardava tudo em seu coração.
Coloque a sua inenção pessoal.


“Ave, cheia de Graça”.

D.: Maria foi preparada por Deus, para ser a Mãe do seu Filho. Como Eva foi seduzida pela conversa de um anjo decaído e afastou-se de Deus, desobedecendo à sua palavra, Maria recebeu a boa-nova pela anunciação de outro anjo celeste e mereceu trazer Deus em seu seio, obedecendo à sua palavra.


L1.: Quando chegou à plenitude dos tempos, fixada pelos insondáveis desígnios divinos, o Filho de Deus assumiu a natureza humana para reconciliá-la com o seu Criador, de modo que o demônio, autor da morte, fosse vencido pela mesma natureza que antes vencera.


L2. Quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma Lei, a fim de remir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Abba, Pai! Portanto já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também herdeiro por Deus (Gl 4,4-7).


T.: Vicente Pallotti, ao falar da maternidade de Maria, diz: “A minha boa Mãe foi abençoada e enriquecida por Deus, inclusive com atrozes sofrimentos que parecia viver crucifixa. Ela que sempre venerou as chagas de Jesus, no final de sua vida, parece ter tido sempre mais a graça da crucifixão” (OOCC XIII, 929).


L3.: Eis porque, no nascimento do Senhor, os anjos cantam jubilosos: Glória a Deus nas alturas, e anunciam: Paz na terra aos seres humanos de boa vontade (Lc 2,14).
T.: Demos graças a Deus Pai, por seu Filho, no Espírito Santo, pois, na imensa misericórdia com que nos amou, compadeceu-se de nós. E, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, Ele nos deu a vida com Cristo (Ef 2,5), para que fôssemos Nele uma nova criação, nova obra de suas mãos.


D.: Maria ocupa um lugar muito importante na obra e na doutrina de Vicente Pallotti. Para ele, Maria é a cheia de Graça, a filha predileta do Eterno Pai, a Mãe que Deus Filho escolheu entre todas as mulheres, para tornar-se homem, a Esposa única na qual o Espírito Santo infundiu a mais pura virgindade e exuberante maternidade. Nenhuma criatura, pela sua pessoal excelência, pode ser amada e honrada como foi amada e honrada Maria, porque ela foi infinitamente amada e honrada por Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Deus criou o ser humano à sua imagem e Maria, Mãe de Jesus, fez Deus à sua imagem. Não existe uma criatura comparável a ela, porque sua beleza é irrepetível. Por esta admirável excelência, Maria merece admiração, louvor, amor, mais do que todas as coisas criadas. Maria é também a corredentora[1].


T.: O sangue derramado de Cristo é o sangue de Maria; a carne de Jesus, flagelada e coroada de espinhos, seus membros perfurados pelos pregos e lança, são a carne de Maria. Maria aceitou a profecia de Simeão que anunciou tais sofrimentos com o símbolo da espada que traspassou seu coração. Esta Senhora bendita foi constituída por Jesus, no momento mais solene da redenção, Mãe do novo povo de Deus[2].


L4.: Pallotti queria também que seus seguidores tivessem um profundo amor e devoção à Mãe de Deus, que todos fossem fervorosíssimos apóstolos de Maria, transformados em Maria, de sorte que, depois de Jesus Cristo, o seu coração, os seus movimentos internos, as suas palavras e os seus olhares, seus passos e ações fossem de Maria, porque um verdadeiro devoto de Maria não só se salvará, como se tornará grande santo (OOCC V, 447).


T.: Gostaria que todas as criaturas respeitassem e venerassem profundamente os nomes de Jesus e de Maria (OOCC X, 99).
Reflexão bíblica: (Lc 2,16-21) – Todos os que ouviram os pastores, ficaram maravilhados com aquilo que contavam. Maria guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração.


D.: Continuemos nossa oração, ouvindo os conselhos de Maria, conforme os escritos de Pallotti, no seu livro Mês de maio para leigos.


L5.: Filho, é do teu agrado ser chamado filho de Deus, eterno, imenso, amor infinito? Ou preferes renunciar esta filiação? Sabe que, cada vez que pecaste e foste rebelde ao Pai Celeste, renegaste a paternidade divina.


L6.: Com afeto materno, peço-te para refletires que ser chamado filho de Deus te dá o direito de herdeiro. É verdadeiro direito e tem tanta força que, mesmo sendo Onipotente, Deus não pode tirar esse direito, se tu não o renuncias por um ato livre da tua vontade que se denomina pecado, pois assim determinou Deus misericordioso em seus decretos, motivado pelo amor infinito que tem para com as pessoas redimidas pelo sangue do Cordeiro Imaculado.


D.: Mas, se queres consolar tua Mãe, filho, contempla o meu divino Filho. Eis Jesus Cristo: “Santo, Inocente, Imaculado, segregado dos pecadores e elevado acima dos céus” (Hb 7,26), figura e imagem viva e perfeita da substância do Pai. Quero saber se desejas tê-Lo por teu irmão primogênito (Rm 8,29), de modo a poderes dizer com toda fé: Creio em Jesus, Verbo Encarnado, Redentor do mundo. Filho de Maria é meu irmão! Gostarias de ter Jesus como teu irmão primogênito? E ser com Ele herdeiro de Deus Pai? Pois sabe, para teu consolo e salvação, que o título de filho de Deus comunica não apenas o direito de possuir Deus, mas te faz coerdeiro de meu divino Filho, Jesus Cristo (Rm 8,17). Logo, como filho de Deus, és também elevado à sublime honra de irmão do divino Verbo Encarnado, com o qual poderás gozar por toda a eternidade da suprema herança: Deus[3].


Pai-Nosso, Ave-Maria


Oração
Ó Deus, que, pela virgindade fecunda de Maria, destes à humanidade a salvação eterna, dai-nos contar sempre com a sua intercessão, pois ela nos trouxe o autor da vida. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Bênção final
Que o Senhor nos abençoe, guarde-nos de todo mal e conduza-nos à vida eterna. Amém.
[1] DE ALMEIDA, Valdeci Antonio, op. cit., p. 135.
[2] Ibidem, p. 135. OOCC XIII, 725.
[3] PALLOTTI, Vicente. Mês de maio para leigos. Santa Maria: Biblos, 2ª Edição, 2008, p. 57-58.

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