terça-feira, 13 de abril de 2010

O abraço misericordioso do Pai



"Se o ser humano soubesse o quanto ele pode merecer em cada dia, logo que se levantasse pela manhã encheria o coração de grande alegria e contentamento por mais um dia no qual poderia viver para Deus, nosso Senhor, e aumentar o próprio mérito com a graça e para a honra e glória do mesmo Deus; isso lhe daria força e vigor para fazer e suportar tudo, com grande alegria". (S.V. Pallotti. Propósitos e aspirações, p. 179).

Quando nos aproximamos de Deus, descobrimos sempre a sua beleza e, ao mesmo tempo, a distância que nos separa dele. Cada vez que nos aproximamos de Deus, o contraste entre o que Ele é e o que nós somos se torna tremendamente claro. Pode acontecer que não tenhamos consciência disto, até que vivamos numa certa distância de Deus, por assim dizer até que a sua presença ou a sua imagem sejam veladas pelos nossos pensamentos ou pelas nossas percepções; mas, quanto mais nos aproximamos de Deus, mais claro aparece o contraste. Não é a constante atenção aos seus pecados que torna os santos conscientes da sua pecaminosidade, mas a visão da santidade de Deus. Quando nos julgamos a nós mesmos, sem o pano de fundo luminoso da presença de Deus, os pecados e as virtudes tornam-se coisas de pouca monta e até irrelevantes; é sobre o fundo da presença divina que eles se destacam plenamente e adquirem a sua profundidade e a sua tragédia. Cada vez que nos aproximamos de Deus, nos encontramos frente à vida ou à morte. À vida, se vamos a sua presença no espírito justo e somos renovados por Ele. À morte, se nos aproximamos dele sem espírito de adoração e um coração contrito, e levamos conosco o orgulho ou a arrogância.
Tirado do Itinerário espiritual palotino, p. 75.

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